O CURIOSO CASO DO TIME QUE NÃO FAZ GOLS


Foto: Lucas Almeida/ADC

Dois jogos, duas rodadas de campeonato estadual e essa sequência de empates que incomoda, estressa, faz a gente ligar o sinal de alerta e refletir um pouco sobre o que falta para que a gente seja mais efetivo e positivo nos resultados.

Os dois jogos a que me refiro são o clássico maior (Sergipe X Confiança) e o confronto seguinte, que foi contra o Atlético Gloriense. Escolhi especificamente esses jogos porque foram dois empates em contextos diferentes. 

Se um jogo foi contra o maior rival, com a presença das torcidas após dois anos, e com todos os ingredientes possíveis e imagináveis que um clássico traz em sua essência, o outro foi um confronto com um time pouco expressivo, que ainda não tinha vencido na competição, e tinha tudo para ser um jogo tranquilo. Só que não, né.

Aquele nervosismo de primeiro momento no clássico, e aquele tempo para se ajustar na partida contra o Sergipe foi muito mais rápido de entrar nos eixos, se formos comparar o tempo que o Confiança levou para se organizar contra o Gloriense. e na verdade eu nem sei se em algum momento nós estávamos organizados contra o Gloriense. Nesse momento a gente se pergunta: por quê? Se em tese era um time tão mais fácil de bater, mas frágil e com menos pressão? Como disse e ouvi várias vezes na bancada: “era só ganhar, véi”, “era só fazer o gol”. Mas futebol é 11×11 e não é ciência exata, se fosse eu nem estaria aqui.

O fato é que o torcedor azulino que foi ao Batistão e assistiu aquele jogo em plena segunda-feira 20h15 da noite, saiu de lá p*** da vida e preocupado. Porque empatar no clássico até vai (mesmo desperdiçando várias chances, e sendo melhor em campo na partida), mas empatar contra o Gloriense? O que podemos esperar depois disso, se vamos pegar o Itabaiana com 100% de aproveitamento, na casa deles? 

Se depois do clássico eu saí com o sentimento de “só faltou a bola entrar”, por outro lado contra o Touro do Sertão eu saí com o sentimento de “que time desorganizado, deu tudo errado hoje”.  

O interessante, e enxergo como ponto positivo, foi que na coletiva pós jogo desta segunda (07/02), Luizinho declarou que o grupo parecia desconcentrado, com falta de garra na primeira parte da partida contra o Gloriense, o que não aconteceu no confronto anterior contra o Sergipe em que o grupo entrou concentrado e com muita garra de vencer. O fator como já sabemos é a rivalidade, ao passo que não tinha nenhum fator extra contra o Touro do Sertão.

Mas é importante perceber essa autocrítica do treinador e como ela pode repercutir no elenco, porque é perceptível que nós temos questões a serem ajustadas, como por exemplo o foco em todas as partidas independente do adversário. Além de ser importante começar o ano vencendo o campeonato estadual, para garantir um calendário cheio no ano de 2023. 

Sem contar com o último, mas o que todo mundo quer é a efetividade do ataque para fazer gols. Sei que não temos o elenco dos sonhos, mas que falhas individuais têm nos custado muito caro. Além das questões técnicas que estão criando uma barreira entre o Dragão e o gol, não é mesmo? Pensando assim, parece que temos muita coisa para pensar e repensar, e é importante que isso seja feito mesmo no início da temporada, para que a gente não chegue a um ponto de sofrer pensando que essa mudança poderia ter sido feita antes, porque esse filme a gente já viu…

Por amor ao Dragão, Karla Ferreira.

Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


Deixe um comentário

Veja Também:

Faça o login

Cadastre-se