O Fortaleza venceu o Bahia de virada, voltou ao G4 e teve noite mágica diante da torcida
“Toda minha glória não acaba aqui. Se daqui eu for vai, vim outro por mim. A nossa história eu sei vai ter final feliz. Fazer o meu Leão vencer foi o que eu sempre quis”.
Cantávamos essa música quando estávamos lá no fundo do poço após cada decepção. Há quem não goste de lembrar dos tempos ruins, mas eu prefiro olhar para trás e aprender com eles. Há 10 anos, em 2011, o Fortaleza quase foi rebaixado para a Série D, jogado em um buraco por diretorias sanguessugas. Esse clube foi carregado nos braços pela torcida de leais.
Estou feliz. Estou muito feliz e eu mereço. Toda a torcida tricolor merece. O Fortaleza se despediu da sua torcida na Arena Castelão em clima de festa. Contra o Bahia, pela última rodada do Brasileirão, o Tricolor venceu de virada, sacramentou sua campanha terminando no G4 e ainda rebaixou a equipe baiana. Diante de mais de 51 mil torcedores, que recepcionaram o Leão com um mosaico 3D, o time finalizou 2021 com chave de ouro. Para 2022, o presidente Marcelo Paz confirmou a renovação de contrato do técnico Juan Pablo Vojvoda.
O Fortaleza entrou em campo com: Marcelo Boeck, Tinga, Benevenuto, Titi, Yago Pikachu, Felipe, Jussa, Osvaldo, Matheus Vargas, Wellington Paulista e David. A partida começou tensa. O Bahia se lançava ao ataque, precisando do resultado positivo, já que, em Porto Alegre, o Grêmio vencia o Atlético-MG. Aos 20’, foi marcada penalidade para os visitantes após Boeck ter feito falta em Gilberto. Rodriguinho bateu e abriu o placar. Dois minutos depois, Gilberto marcou, mas o bandeirinha sinalizou posição irregular.
O Tricolor do Pici trocava passes para tentar chegar à área adversária. Nos acréscimos do primeiro tempo, o árbitro consultou o VAR e viu que a falta de Matheus Bahia em Pikachu foi dentro da área e marcou penalidade para o Fortaleza. Wellington Paulista bateu e deixou tudo igual no placar.
SEGUNDO TEMPO
Vojvoda mexeu logo no começo da segunda etapa tirando Felipe para a entrada de Éderson. O jogo seguiu tenso, a arquibancada vibrava a cada minuto que passava. Aos 23’, o Fortaleza fez duas substituições. Matheus Vargas saiu para a entrada de Lucas Lima e Wellington Paulista deu lugar a Igor Torres. Aos 32’, após consultar o VAR novamente, o árbitro viu que a bola tocou no braço de Conti. Pênalti novamente. Pikachu marcou e virou o placar para o Leão.
Após o apito final, jogadores, torcidas e comissão técnica se uniram em uma festa pintada de vermelho, azul e branco. Um mosaico de LED celebrou a conquista da vaga inédita da Copa Libertadores da América, um 4º lugar histórico, além de um 3º lugar na Copa do Brasil. Que noite, meus amigos. A coroação de um trabalho sério e organizado. Uma das voltas por cima mais lindas do futebol.
Obrigada, Fortaleza. Tua torcida te ama muito e sempre vai te carregar nos braços o mais alto possível.
Por Sara Cordeiro
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo