Vocês que acompanham a coluna do Galo no Portal Mulheres em Campo já devem ter percebido que nos últimos jogos, nós colunistas, ficamos devendo prés e pós jogos. Felizmente, temos a desculpa perfeita: o Galo ganhô! E não foi só mais um jogo que ganhamos, mas, sim, a tão cobiçada taça do Campeonato Brasileiro.
Mais uma vez vamos deixar a emoção tomar conta dos dedos e da mente que digitam este texto para contar como foi a última partida, que aconteceu no domingo (5), contra o Bragantino. Não vamos mentir para vocês, mas as duas colunistas estavam no estádio e vão ficar devendo detalhes do jogo em si, mas quero deixar nesta crônica detalhes da emoção vivida neste dia.
Cheguei de viagem e estava indo pegar minha mãe e meu irmão para irmos ao Mineirão, porém o pneu furou e tive que ir correndo até eles para não perdermos mais tempo de comemorações. Pegamos um táxi, e ao chegar no estádio o coração acelerou, o suor escorria no rosto e as lágrimas pediam para cair dos olhos; eu estava ali para ver meu time erguer a taça de campeão.
Não conseguimos ingressos juntos, mas combinamos de ir até o vidro que separa os setores. Assim, ficamos separados por um vidro, mas unidos por uma paixão.
Neste jogo, meu pai não conseguiu vir da cidade dele, mas dava para sentir a energia de quem ficou em casa assistindo pela TV. Mais uma vez estávamos ali graças ao amor pelo Galo que ele compartilhou com nós.
Registro que a não presença do meu pai foi só por questões pessoais, mas sabemos que muitas pessoas não tiveram a chance de ver o Galo campeão, e esse foi, para mim, um dos momentos mais emocionantes do dia: a homenagem para aqueles que deixaram saudades. De Beth Carvalho aos mais desconhecidos torcedores e torcedoras — o céu está em festa!
Durante a partida, a cada gol do Galo, a cada grito da torcida, a cada grito de BiCAMpeão, muitas lembranças tomaram conta dos meus pensamentos.
Quando a gente tava ali, no Mineirão antes da reforma, rezando e cantando “Vamos subir Galo”, quando a gente viu o time se consagrar com tanto sofrimento campeão da Libertadores, quando fomos campeões em cima do maior rival na Copa do Brasil.
Tantas idas no horto, com amigas, com a família, sozinha; tantas vezes no bar lá no interior de Minas; é um filme que se passa e que faz toda essa paixão valer a pena.
Depois do apito final, teve Belmiro levantando a taça, teve Réver se consagrando mais uma vez campeão com o Galo. Teve super herói, Hulk, Homem Aranha. Teve Djonga, Yuri Marçal, teve Galoucura, Fúria, Atleticana Revolucionária. Teve o Rei, teve história, mas acima de tudo, temos LUTA! Somos resistência!
Valeu a pena, Galo! São mais de 100 anos de Clube Atlético Mineiro, foram 50 anos sem levar o Brasileiro, mas a paixão não tem idade, não tem tempo e não está apenas nas glórias de ser campeão. Temos mais do que taças e vitórias, porque a nossa maior conquista é ser atleticano!
Do time todo, muito obrigada!
Ao meu pai, gratidão.
Aos que se foram, dedico toda emoção vivida neste dia!
O Galo é amor, não é simpatia!
Por Anna Gabriela
*Esclarecemos que os textos desta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.