(Foto: Instagram. Bia Figueiredo na Fórmula Indy/2013)
A fórmula 1 faz uma ultrapassagem “a lá Senna” no Mulheres em Campo em comemoração aos seus 70 anos.
Dizem as más línguas que mulher não sabe dirigir, então vamos ousar falar um pouco sobre o assunto já que é a semana que a Fórmula 1 completa 70 anos, e não temos nenhuma representante na mesma no momento.
Sim, no momento, pois já estivemos nossas representantes nas pistas, a piloto Bia Figueiredo foi a primeira mulher a participar de uma corrida de Stock Car, e vejam a opinião dela sobre a participação das mulheres na F1: “Na minha opinião, uma mulher pode, sim, competir e vencer uma corrida da Fórmula 1. Isso ainda não aconteceu, mas, se analisarmos proporcionalmente, temos bem menos mulheres nas categorias de base do automobilismo. Além disso, mulheres foram aparecer no automobilismo na década de 70. Com isso, menos mulheres em todas as categorias de acesso e, óbvio, menos chances de termos uma mulher na F1″, declarou às dibradoras.
Infelizmente o automobilismo ainda é dominado pelos homens, seja como donos de equipe, pilotos, e até mesmo torcedores, a participação da mulher ainda é bem pequena, apesar de termos muitas repórteres brasileiras que se dedicam a trabalhar não só nos bastidores, mas fazendo cobertura e entrevistas, aí pode-se citar a Mariana Becker que em entrevista disse ser favorável a participação de igual para igual com os homens.
E, só para lembrar o atual Campeão Mundial Lewis Hamilton, já em 2017 reclamava a presença de uma mulher nas corridas pois, segundo ele “estava muito cheio de homens”. A verdade que as mulheres realmente foram poucas vezes solicitadas dentro dos grids de largada, apenas cinco: as italianas Maria Teresa de Filippis (1958 – Maserati e 1959 – Behra), Lella Lombardi (1974/75/76 nas equipes Brabham, March e Williams) e Giovanna Amati (1992 – Brabham), a britânica Divina Galica (1976 – Surtees e 1978 – Hesketh) e a sul-africana Desiré Wilson (1980 – Williams). Nenhuma delas obteve poles position, pódios, vitórias ou títulos.
Na verdade, o que precisamos é ser mais valorizadas pela humanidade, afinal dizem que “mulher não sabe dirigir”, ou, “mulher no volante perigo constante”, mas se notarem bem é muito difícil ver uma mulher envolvida em um acidente, batendo boca no trânsito sem razão, seu carro raramente encontra-se com arranhões, e tem mais, já notaram que quando um homem vai vender um carro geralmente ele diz que é da mulher.
Então fica aqui o respeito a todas as mulheres que fazem o trabalho com grande competência e aos amantes da Fórmula 1, a lembrança de 70 anos desse esporte que já teve grandes heróis.
Fonte: UOL esporte – GE
Por: Terezinha Alvarenga
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Blog Mulheres em Campo.