Canadá vence os Estados Unidos, avança à final e de quebra encerra o jejum de 20 anos sem vitória sobre as americanas
A história não podia ser mais emocionante para as canadenses. A chegada a sua primeira final olímpica foi conquistada num duro caminho, de três empates e apenas uma vitória, mas na hora H, as canadenses deram conta do recado, colocaram fim a um jejum de 20 anos e derrotaram as atuais campeãs mundiais por 1 a 0.
Não foi um jogo fácil, aliás, nenhum jogo destas Olimpíadas foi fácil para o Canadá. As americanas tinham o favoritismo pelo nome e não pela bola que apresentaram na competição, que por sinal, deixou a desejar. Dentro de campo tivemos um futebol pragmático, bem café com leite e sem grandes emoções.
O primeiro tempo foi insosso, sem jogadas ofensivas. O único acontecimento foi a contusão da goleira americana Alyssa Naeher, que até tentou continuar, mas teve que dar lugar a Adrianna Franch. Os EUA até tentaram pressionar nos acréscimos, mas sem sucesso.
As equipes mudaram a postura na etapa final, principalmente as Yankees, que voltaram com mudanças tanto no posicionamento quanto no time. Foi um verdadeiro show de gols perdidos, que custou caro para as estadunidenses. Aos 30, Deanne Rose sofreu pênalti em lance de intervenção do VAR, Fleming foi para a cobrança e abriu o placar.
Com o gol, os EUA continuaram marcando pressão e buscando o gol. Na melhor oportunidade, Lloyd cabeceou na trave depois de cruzamento de Megan Rapinoe. E foi só, 1 a 0 Canadá.
Festa canadense e tristeza americana. Sabemos que em nenhum momento nestas Olimpíadas as Americanas exerceram seu domínio, o seu favoritismo. Ponto para o futebol efetivo, mas sem brilho das canadenses. O Canadá merece essa final, que coroa o seu crescimento, afinal, a seleção vem de duas medalhas de bronze nos jogos de Londres em 2012 e no Rio em 2016.
A decisão do ouro será contra a Suécia, na quinta-feira (4), no Estádio Nacional de Tóquio, às 23h. Já os Estados Unidos disputam o bronze, no mesmo dia, às 5, contra a Austrália em Kashima.
por Mariana Alves
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