Times acostumados a ser campeões conseguem este feito não por serem perfeitos ou imbatíveis. Como toda equipe, passam por altos e baixos, mas o diferencial é que mesmo oscilando, sabem crescer e ser mortais no momento certo da competição, e com certeza Lieke Martens esqueceu disso quando disse, na véspera do jogo, disse que a seleção dos Estados Unidos não se assustava mais.
“Não é mais o time insuperável para o qual todos olham. Claro que respeitamos, mas achamos que este é o torneio em que a gente vai jogá-las para fora. Nós não nos impressionamos mais”.
Olhando para o desempenho de uma seleção que teve uma vitória, um empate e uma derrota na fase de grupos, os Estados Unidos parecia uma presa fácil, e a Holanda poderia até achar isso quando abriu o placar aos 18 minutos, quando Miedema recebeu a bola na entrada da área, e chutou no canto da goleira Naeher.
Não demorou muito para as estadunidenses virarem o placar. Aos 29′, Sam Mewis, de cabeça, deixou tudo igual. Três minutos depois, Lynn Williams aproveitou um corte mal feito pela zaga holandesa para virar, aos 32′.
No segundo tempo, a Holanda voltou melhor para o jogo e, aos 19 minutos, Miedema marcou o segundo gol das leoas, deixando tudo igual.
Mesmo com um bom momento das europeias, os Estados Unidos produziram no ataque e chegou a ter dois gols anulados ainda no tempo regulamentar por impedimento.
Aos 36 minutos, Beerensteyn foi derrubada na área e a arbitragem marcou pênalti. Martens cobrou, mas quem levou a melhor foi a goleira dos Estados Unidos, que defendeu fácil o chute fraco da holandesa.
Com o empate, o jogo foi para prorrogação. As duas equipes foram ao ataque tentando garantir a vaga, porém, quando não contavam com a defesa das goleiras, a arbitragem flagrou o impedimento. Nos 30 minutos de prorrogação, foram dois para os EUA e um para a Holanda.
Com o empate persistindo, a decisão da vaga para as quartas foi para os pênaltis e foi aí que sobressaiu a experiência dos Estados Unidos. Miedema e Nowen pararam na goleira Naeher, Janssen e Van der Gragt converteram. Nos Estados Unidos, Lavelle, Morgan, Press e Rapinoe foram perfeitas nas cobranças, garantindo um lugar na semifinal e provando que apesar de não assustar, os Estados Unidos ainda podem fazer muito estrago contra os adversários.
Por Camila Leonel
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