15 anos depois, a Itália volta a ganhar um título e carimba o passaporte para o Catar!
A terra da rainha foi palco de uma verdadeira epopéia, escrita a dedo pelos deuses do futebol. No Wembley Stadium, numa verdadeira “forza”, foi selado “Il ritorno” da Azzurra em cima dos donos da casa. Não, a Europa não é inglesa, a Europa e a festa são italianas!!
Os 15 anos de jejum de títulos caíram por força e determinação da Itália, que firme superou a prorrogação e as penalidades máximas. Com o fim da partida vai junto o trauma de não ir à Copa do Mundo e os 53 anos sem ganhar a Eurocopa.
O suspiro de alívio dos italianos, custou a sair, afinal, a partida terminou empatada em 1 a 1, passou pela prorrogação sem gols, e terminou com a vitória da Itália nos pênaltis por 3 x 2. É como diz Galvão Bueno: Haja coração!
O JOGO
No geral, o duelo foi marcado pela pressão dos dois times. A Inglaterra, contudo, abriu o placar logo nos minutos iniciais da partida. Com menos de dois minutos de jogo, Shaw aproveitou a falha na marcação italiana e colocou os ingleses na frente.
Depois de sofrer o revés, a Itália mostrou vontade e raça para buscar o resultado. Com muita garra, a Azzurra foi para cima dos adversários e pressionou em busca do empate. Porém, mesmo com as tentativas, a Inglaterra foi com a vitória parcial para o intervalo.
De volta ao gramado, o gol italiano era questão de tempo. A etapa complementar foi um verdadeiro bombardeiro da Azzurra, primeiro aos 5 minutos, quando Insigne teve boa chance em cobrança de falta, mas a bola passou pelo lado de fora do gol de Pickford. Na sequência a chance veio em jogada de Chiesa. A bola sobrou para Insigne, que ajeitou e finalizou, mas o goleiro fez a defesa.
Fazendo Pickford trabalhar, Chiesa finalizou com perigo aos 16 minutos. Cinco minutos depois a Itália finalmente balançou as redes da Inglaterra. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Bonucci, dentro da área, que deixou tudo igual no placar e manteve a Itália viva em busca do título.
Sem conseguir resolver no tempo normal, a partida seguiu para a prorrogação. Os 30 minutos também foram de entrega das equipes, que até criaram oportunidades, mas não conseguiram ampliar o marcador.
Nas penalidades, Donnarumma se consagrou, fazendo três defesas. A Itália abriu a disputa com Berardi, a Inglaterra empatou com Harry Kane. Na segunda cobrança italiana, de Belotti, Pickford defendeu, Maguire deixou a Inglaterra na frente, e Bonucci deixou tudo igual novamente. Donnarumma defendeu a cobrança de Sancho, e Rashford mandou na trave. Bernadeschi converteu, mas Pickford pegou a de Jorginho. Na última partida da Inglaterra, Saka chutou no canto esquerdo, e Donnarumma pegou, garantindo o título para a Azzurra Com muita disputa e garra, a Itália buscou o empate e levou para os pênaltis, garantindo o título.
Com a vitória, a Azzurra coroou o comando do técnico Roberto Mancini, importante na reconstrução da seleção Italiana, que marca a melhor campanha com o melhor ataque da história. Na comissão técnica de Mancini teve um ídolo da Copa do Mundo, de 2006, o ex-volante Daniele De Rossi.
Com o bicampeonato, a Itália se iguala à França com dois títulos.
OS CAMPEÕES ÍTALO-BRASILEIROS
Com histórias similares, três brasileiros naturalizados italianos levaram o título de campeões da Eurocopa vestindo azul. São eles: Emerson Palmieri, Jorginho e Rafael Tolói.
O lateral-esquerdo Emerson Palmieri, nasceu em Santos (RS) e defende a Seleção Italiana desde 2017. Antes disso, o lateral viveu a desilusão de não integrar o profissional do Santos, onde amargou por 33 jogos, o banco de reservas. Já o meio-campista Jorginho é natural de Imbituba (SC) e nunca jogou no Brasil, e sequer foi convocado pela Seleção Brasileira. Jorginho chegou à Itália com 15 anos, e após a repescagem para a Copa do Mundo, em 2018, estreou contra a Suíça, garantindo presença constante nas convocações. Por fim, o zagueiro Rafael Tolói é de Glória D’Oeste(MT). Tolói defendeu a Seleção Brasileira somente pelas categorias de base, e em março de 2021 foi convocado pelo técnico Roberto Mancini para defender a Seleção Italiana na Eurocopa.
Com o título conquistado pela Seleção Italiana, os jogadores juntam-se a outros brasileiros também vencedores da Eurocopa: Pepe, campeão por Portugal, e Marcos Senna, pela Espanha.
Por Mah Dutra
Supervisão e edição de: Mariana Alves e Victoria Amorim
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo