Porto e Roma duelam pelas oitavas da Champions


Foto: UEFA

Tem tudo para ser uma partida disputada e gostosa de se assistir. O Porto vive excelente momento e tem certo favoritismo, faz campanha sólida, com invencibilidade de 26 jogos oficiais. A Roma oscila boas atuações e resultados. Luta, com dignidade, mesmo assim é visível a desorganização do elenco.

Na tarde antes do duelo os técnicos Sergio Conceição, Porto, e Eusebio Di Francesco, Roma, além do jogador Pepe concederam entrevista coletiva.

A invencibilidade do Porto

O comandante mostrou a que veio e organizou o time. Ponto fundamental foi escalar para usar o melhor de cada um. Líder do Campeonato Português, o elenco reencontrou seu futebol e funciona de forma harmoniosa em campo. Tem os defensores brasileiros, Éder Militão e Felipe. O objetivo principal do clube é chegar até as quartas de final da competição, o que não acontece desde 2015, quando perdeu para o Bayern. O time português vem como favorito para o confronto.

“Não tenho nenhum sentimento especial por defrontar a Roma, apesar de ter jogado pela Lázio. Tenho um sentimento especial por ter o Porto no meu coração. A experiência é importante na Champions League, mas não é decisiva. Por si só não vale nada, é preciso coragem, determinação, características que deixam as equipes mais perto de ganhar os jogos. Temos de ser fortes e consistentes como um conjunto”, disse Sergio.

O técnico disse que são 180 minutos de futebol pela frente e que ser inteligente na abordagem do jogo e na estratégia é fundamental.

“Sou pago para encontrar soluções, as lesões fazem parte da época desportiva. Temos de estar à altura da exigência e estamos prontos para o desafio de amanhã. O objetivo é passar para as quartas. Estamos numa prova fantástica e queremos dar uma resposta positiva. O passado recente não é importante, importante é o que podemos fazer amanhã”, analisou.

Pepe e Sergio Conceição durante coletiva de imprensa
Foto: UEFA

Para o defensor do time português, Pepe o fator grupo é o mais importante no grupo. O espírito de fazer tudo em campo para vencer o duelo.

“Quem estiver em campo amanhã vão dar o melhor para ajudar o Porto a continuar a ganhar e a dar sequência ao bom trabalho que tem vindo a fazer na Champions League. Somos uma equipe que trabalha, unida dentro de campo, com grande paixão naquilo que faz e uma enorme entrega ao jogo. Jogar a Liga é especial para qualquer jogador, para mim ainda mais porque estou num clube pelo qual tenho muito carinho e respeito. Foi o clube que me projetou para o que sou hoje no futebol mundial, estou muito feliz por poder estar aqui hoje”, comentou o zagueiro.

Jogadores em treino antes do jogo
Foto: UEFA

A instabilidade da Roma

Ninguém reconhece o futebol que a equipe exibe em campo e existe um saudosismo pelos espetáculos que o time já brindou aos amantes do futebol. Na fase de grupos, perdeu para o modesto Viktoria Plzen, da República Tcheca. No Campeonato Italiano a campanha é bem fraca, teve até derrota de 7 x 1 para a Fiorentina, pela Copa Itália. No momento, a equipe é sétima na Série A, e luta por uma vaga nas próximas competições europeias. Uma eliminação precoce na Champions não estava nos planos de Eusebio Di Francesco.

“Acho que o Porto tem excelentes suplentes, como o Otávio ou o Soares. Têm características diferentes, mas também são fortes, têm características importantes. Independentemente dos jogadores, o Porto é uma boa equipa. Joga de forma compacta e é um adversário temível. Sabem como querem jogar”, afirmou.

O treinador da Roma frisou a necessidade de sua equipe mostrar muita energia em campo.

“Correr é sempre importante. Costumo brincar com o De Rossi. Digo-lhe que no final da minha carreira, a minha língua ficou mais comprida e minhas pernas ficaram mais curtas! Também é preciso experiência, não interessa correr muito se as pernas começarem a tremer a meio. O mais importante é preparar bem os jogos e, quando se tem experiência, podemos ajudar os rapazes a prepararem certo tipo de jogos. Ambas as coisas são necessárias, sem pernas não vamos a lado nenhum”, avaliou.

Carla Andrade


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