ARBITRAGEM ERRA E REMO SOFRE EMPATE NOS AFLITOS


Time azulino vencia até árbitro assinalar gol irregular dos donos da casa

Felipe Gedoz fez o gol do Leão em Recife. Foto: Ascom Remo 

Neste sábado (26), o Remo visitou o Náutico-PE, em Recife, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. No estádio dos Aflitos, o Mais Querido saiu na frente com gol de Felipe Gedoz, mas viu o Timbu empatar aos 42 minutos do segundo tempo com gol claramente impedido. Com o resultado, o Leão caiu uma posição e agora está em 15° na tabela, com sete pontos.

Na primeira etapa, o Náutico começou com tudo e quase abriu o placar em duas oportunidades, com Erick e Jean Carlos. Entretanto, quem abriu o marcador foi o Leão. Em bobeada da zaga adversária, Erick Flores tocou para Felipe Gedoz bater cruzado e abrir o placar, 1 a 0. Os donos da casa tentaram um abafa no primeiro tempo, mas sem resultado.

No segundo tempo, o time do técnico Paulo Bonamigo voltou com as linhas de marcação ainda mais baixas e chamou o adversário para cima. Foram raras as vezes que o time saiu para o ataque com um número maior de jogadores. Enquanto isso, o Náutico abriu mão de marcar e colocou o time todo pra frente na tentativa do empate, que chegou aos 42’ do segundo tempo. Em falta cobrada na área, Paiva, muito impedido e na linha de visão do bandeirinha, colocou para o fundo das redes para dar números finais à partida, 1 a 1 e frustração azulina.

NA BRONCA

Técnico azulino se mostrou irritado por erro da arbitragem. Foto: Cristino Martins/O Liberal

Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Paulo Bonamigo lamentou a falha que culminou no gol do adversário e se mostrou insatisfeito com a atuação pífia do assistente número 1, Cristhian Passos Sorence. 

Ficamos com um gostinho amargo no final, porque tivemos uma vitória muito próxima, construída em cima de virtudes. A equipe que jogou no primeiro tempo tentou impor o ritmo nos primeiros vinte e cinco minutos, fez o gol, podia ter feito o segundo, e no final foi prejudicado principalmente pelo bandeirinha, que eu achei alguns lances duvidosos em cima do Jefferson em algumas situações de reativo, estrategicamente armado. Algumas marcações de impedimento e no final ainda deu casualmente essa situação de um jogador irregular dentro da área. Temos que lamentar, porque são dois pontos que a gente tira da nossa matemática. Mas acho que valeu. Nós tivemos muitos problemas em termos de pequenas lesões, um time muito improvisado, quase sem muita opção de banco. Viemos aqui enfrentar o líder do campeonato e construímos um placar muito positivo”, afirmou ele.

O comandante afirmou que o erro da equipe de arbitragem foi determinante para o resultado do jogo e classificou a não marcação do impedimento como imperdoável.

Bonamigo aproveitou para elogiar o desempenho do time, mesmo com tantas baixas, além de elogiar o setor defensivo.

“Acho que o grupo teve atitude, lutou bastante e isso que tem que ser parabenizado. É muito triste, nós viemos com a intenção realmente de tentar surpreender o líder do campeonato, conseguimos fazer de uma forma muito competente na primeira parte, com a equipe numa disciplina tática muito grande, uma organização defensiva com atitude muito boa. Temos nossa organização ofensiva prejudicada pelo bandeirinha que anulou muitos movimentos”, ressaltou o técnico.

Por fim, Bonamigo falou especialmente sobre as atuações de Erick Flores e Felipe Gedoz. O camisa 10 fez o gol azulino na partida e voltou a apresentar um bom futebol depois de um período em baixa e no banco de reservas.

“A gente sempre no jogo seguinte, sempre numa evolução, numa melhora. Foi muito bom que algumas peças individualmente começaram a ter rendimento, nós temos alguns jogadores importantes dentro da equipe. Foi bom o Erick Flores ter entrado bem. Gedoz no primeiro tempo foi muito bom, chamando a responsabilidade, fazendo o gol da vitória. Isso é bom, um momento importante para essas peças que individualmente tiveram problemas de desgaste dentro da própria competição”, finalizou.

A FALTA DO VAR

Dizer que o VAR faz falta em uma competição de grande porte como a Série B é o famoso “chover no molhado”, não é novidade para ninguém. Só na noite do último sábado foram três erros que culminaram em interferências diretas nos resultados das partidas.

Em Salvador, no confronto entre Vitória x Londrina, o gol da virada dos visitantes também estava impedido. Já em Fortaleza, no Castelão, o Sampaio derrotava o Botafogo por 1 a 0 quando o time carioca não teve um gol validado. A bola passou, e muito, da linha e mesmo assim a arbitragem não deu. Para fechar a noite desastrosa, o gol de Paiva nos Aflitos coloca ainda mais em evidência a necessidade do VAR na competição. Entretanto é importante fazer uma ressalva: tanto o gol não assinalado do Botafogo quanto o gol impedido do Náutico eram de fácil marcação e, portanto, deveriam ter sido marcados mesmo sem a ajuda do árbitro de vídeo. Só que pedir arbitragem boa já é pedir demais né, CBF?

PRÓXIMO COMPROMISSO

Agora o Leão vai jogar na próxima terça-feira (29), às 21h, no Banpará Baenão. O adversário azulino é o Sampaio Corrêa. 

Por Patrícia Carvalho

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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