É pau, é pedra… é o fim do caminho?


Derrotado em plena Curuzu, Paysandu afunda na lanterna da Série B 

Na noite de retorno do time ao estádio da Curuzu, o Paysandu presenteou a sua fiel torcida com mais uma derrota. O vice-lanterna Criciúma venceu o time da casa por 1 a 0, e afundou o Papão na última posição do Z4. Com o resultado, o Paysandu completa 10 rodadas sem vencer na Série B e soma apenas quatro pontos na tabela.

Nem mesmo um estádio lotado às 21h de uma segunda-feira foi capaz de inspirar o Paysandu na busca pela vitória. Enganou-se aquele que pensou que a volta do time aos gramados da Curuzu faria alguma diferença no desempenho da equipe. Novamente, a impressão que fica é a de que o elenco escalado nunca tinha jogado junto antes e o resultado foi o que o torcedor bicolor, infelizmente, já está acostumado: derrota.

Pressionado pelo Tigre, o Paysandu quase sofreu o primeiro gol logo nos primeiros cinco minutos de jogo. Instantes depois, o Criciúma chegou a balançar as redes, mas o gol foi anulado pela marcação de uma falta de ataque. Em seguida, a equipe catarinense chegou novamente com perigo, mas a bola parou no goleiro Matheus Nogueira, que se lesionou no lance e precisou ser substituído. Com a bruxa solta na Curuzu, o Paysandu logo perdeu outro jogador que sentiu a coxa e também foi trocado.

A primeira grande chance do Papão foi somente aos 25 minutos do primeiro tempo, quando Borasi ficou de frente para a meta do Tigre, mas foi parado pelo goleiro Alisson. Mesmo com o ritmo diminuído, o time bicolor criou algumas oportunidades, mas nada eficaz. Aos 40 minutos, Rossi chutou sozinho na área mas acertou a trave. Nos acréscimos, o zagueiro tricolor levou uma caneta de Benítez, que finalizou de fora da área, mas o goleiro novamente estava lá para garantir o 0 a 0 no fim do primeiro tempo.

(Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu)

No segundo tempo, o cenário foi ainda pior. Já nos primeiros minutos, Diego Gonçalves abriu o placar para o Criciúma. O gol desestabilizou completamente uma equipe já desorientada e o desespero tomou conta. Desorganizado, o Paysandu sofreu e chegou a levar outro gol, anulado por impedimento. 

Ao som da torcida gritando “BURRO!”, Luizinho Lopes tirou o centroavante Jorge Benítez para a entrada do atacante Eliel. Além dessa, outra alteração foi necessária quando o zagueiro Maurício Antônio sentiu e foi substituído pelo atacante Marcelinho. Não é preciso dizer (ou é?) que as substituições surtiram pouco ou nenhum efeito e o Paysandu passou o restante da partida apenas tentando se defender, mas a reação não parecia um objetivo, nem mesmo uma possibilidade.

Diante de muitos protestos da torcida, que incluíam gritos direcionados ao presidente do clube, o Paysandu não compareceu. Com apenas duas boas chances criadas no segundo tempo, o resultado final foi de 1 a 0 para o visitante, que suspirou aliviado ao sair do Z4 em plena Curuzu, alcançando seus nove pontos na tabela, enquanto o dono da casa segue com apenas quatro.

(Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu)

Chegando à marca de 10 jogos sem vencer na Série B, a permanência do técnico Luizinho Lopes ficou insustentável e o clube comunicou a demissão do treinador minutos antes do início da coletiva pós-jogo, que foi liderada pelo executivo Carlos Frontini. Sem nenhum novo nome para o comando do Paysandu até o momento, a equipe alviceleste se prepara agora para o próximo confronto na competição. No momento crítico do clube, um confronto difícil contra o Cuiabá, fora de casa, é o que aguarda o Paysandu na próxima sexta-feira (6).

Para a torcida, resta apenas isso: torcer. Torcer para que um milagre aconteça e que alguma força divina interfira para impedir que o pior aconteça, embora o trajeto para o fracasso já esteja roteirizado e sendo seguido à risca.

Por Giovanna Queiroz

Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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