Em uma final mágica, a Orelhuda enfim cai nos braços do Paris Saint Germain
Parece um sonho, uma final sonhada e desenhada pela nossa torcida, uma data que jamais será esquecida e lembrada com muito orgulho. Enfim chegou nosso dia, chegou nosso momento de conhecer esse sentimento especial de poder gritar aos quatro cantos um “é campeão”, e saber que esse título vai para a nossa casa, entra para a nossa história e com um feito histórico: tríplice coroa e goleada jamais vista antes em final de Champions League.
O 31 de Maio de 2025 com toda certeza virou o melhor dia para a torcida parisiense, Munique virou um dos melhores lugares para ir e o número 5 ficou muito mais especial. Com a Allianz Arena lotada e a torcida fazendo mais uma baita festa, o Paris mandou no jogo do começo ao fim e levantou a taça após aplicar uma goleada de 5×0 na Internazionale, que foi a final após a passeio, nem apareceu na foto e tem sorte que essa placar não foi ainda mais elástico.
Luis Enrique, uma das peças mais importantes nesse título, mandou a campo o que vem dando certo e aos 10’, viu as redes serem estufadas com o grande lateral Hakimi, após assistência do jovem, e dono da noite, Désiré Doué.
Nessa hora, a torcida já estava uma loucura, o plano não inicial vinha dando certo e o jogo era de um time só, o melhor ataque contra uma suposta melhor defesa, mas ninguém do outro lado nem sentiu o cheiro da bola.
Com a pressão mantida mesmo com o placar aberto e o jogo parecendo ser no Parc des Princes, porque a festa era de um time só, o marcador foi ampliado por um jovem de apenas 19 anos. O mesmo não sentiu a pressão, colocou a partida no bolso e virou o protagonista de simplesmente uma final de UEFA Champions League.
Em um ataque perfeito e mortal, Ousmane Dembele achou o dono da 14 na grande área, que sem dificuldades, deixou o primeiro dele na partida.
Sem deixar o adversário respirar, os comandados de Luis Henrique seguiram em busca de liquidar a partida ainda no primeiro tempo, mas o restante do show ficou para a etapa final.
Ainda sem ser incomodado pelo time de Milão e com Donnarumma quase nem trabalhando, o Paris colocou as mãos no troféu aos 17’, com baita gol de Désiré Doué, grande protagonista dessa final. Minutos depois, o jovem foi substituído sob grandes aplausos e ainda teve seu nome entoado por todo o estádio!
Mesmo com 3×0 no placar e o jogo praticamente liquidado, os meninos de Paris seguiram em busca de continuar fazendo história. Em um contra-ataque mortal iniciado por Dembélé, Kvaratskhelia finalizou, marcando nosso quarto gol e fazendo a torcida adversária abandonar o estádio mais cedo. Por outro lado, a nossa foi à loucura e fez uma festa surreal.
A partida já se encaminhava para o fim, mas ainda faltava mais um para coroar a noite, e foi nos pés do Senny Mayulu, em um grande chute de canhota, que o placar foi finalizado e o título enfim veio para o Paris!
Considerações finais
Noite histórica e goleada brilhante, título que coroa a temporada perfeita do Paris com um elenco sem grandes alardes, mas com jogadores bons de bola e um coletivo jamais visto.
Um título do grupo, onde todo mundo foi importantíssimo para esse feito, principalmente do técnico Luis Enrique, que trouxe outra mentalidade para um time que tem muito dinheiro, porém faltava algo, e esse “algo” foi achado através do professor.
Impossível deixar de falar da festa dos Ultras, desde o primeiro jogo da fase classificatória até a grande final, dentro e fora dos estádios. Faixas, bandeirão, sinalizadores e homenagens não faltaram, e sem sombra de dúvidas o melhor ponto da noite foi a homenagem para o Luis e sua filha Xana, mostrando que é muito além do futebol.
Depois de tudo que passou e sua pausa no futebol até se recuperar, não tinha nenhum técnico que merecia mais esse título do que o espanhol, além do brilhante trabalho frente ao Paris Saint Germain. É impecável a felicidade dele com esse título, a felicidade ao comandar esse time e o brilho nos olhos ao falar da sua filha.
Com toda certeza a pequena Xana está feliz e orgulhosa do seu pai, gritando Allez Paris e fincando a bandeira do time!
Desacreditado por muitos, o Paris encerra a temporada com um triplete e chega ao super mundial com moral e esperanças de que iremos brigar pelo título, pelo topo.
Enfim, descobrimos a sensação de conquistar a Europa, e não vemos a hora de voltar a conquistar novamente!
Allez Paris!
Por: Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo
