Fim do sonho: Bahia se despede da Libertadores


Tricolor leva virada no Beira-Rio, perde para o Inter e está fora da competição

A jornada do Bahia na Copa Libertadores 2025 chegou ao fim. E que fim amargo. Enquanto durou, foi um sonho que reacendeu esperanças, acelerou corações e fez a torcida Tricolor acreditar que era possível, mas, nesta quarta-feira (28), esse sonho foi interrompido com uma derrota por 2 a 1 para o Internacional, no Beira-Rio.

Foto: Divulgação ECBahia

O Esquadrão encerra sua participação na principal competição sul-americana na terceira colocação do grupo F, com sete pontos em seis partidas. A colocação garante ao Bahia uma vaga nos playoffs da Copa Sul-Americana — um alento, mas longe do que esse grupo e essa torcida sonharam.

A partida

Era o “jogo do ano”, como disse Willian José. E dava para sentir no ar o peso dessa decisão. Os dois times entraram em campo pressionados, carregando a responsabilidade de não falhar. Talvez por isso, o primeiro tempo tenha sido travado, tenso, com poucas chances claras de gol.

O Inter começou melhor, marcando alto e sufocando a saída de bola do Bahia. O Esquadrão tentava se segurar e buscar o contra-ataque, mas encontrava dificuldades para passar da linha do meio. Aos poucos, o time baiano foi encontrando seu ritmo, equilibrando a posse de bola e ameaçando um pouco mais.

A grande chance do Tricolor veio somente aos 30 minutos, quando Cauly puxou contra-ataque e serviu Jean Lucas, que teve o gol à disposição, mas finalizou mal. Um lance que hoje ainda machuca lembrar. Antes do intervalo, o Inter também teve chances, mas não conseguiu abrir o placar.

Foto: Rafael Rodrigues | ECBahia

Na volta do segundo tempo, veio a esperança. Logo aos 8’, Jean Lucas aproveitou rebote de chute de Willian José e mandou para as redes. A comemoração foi contida pela espera do VAR, mas aos 11 o tento foi confirmado. Só que a alegria durou pouco, no minuto seguinte, o Inter empatou com Vitinho, após assistência de Borré. 

O ritmo caiu após os dois gols, e as dificuldades do Bahia para criar aumentaram. Rogério Ceni tentou mudar com as entradas de Ademir e Michel Araújo, mas a resposta em campo foi tímida. Aos 30’, veio o golpe final: cruzamento de Wesley e cabeçada precisa de Borré para virar o jogo.

Ceni então partiu para o tudo ou nada colocando Kayky e Lucho Rodríguez, mas o time já parecia sem fôlego, sem inspiração, e com o emocional abalado. A reação não veio. O apito final selou a derrota e a eliminação.

Um adeus dolorido

Dói. Dói demais ver esse fim. O Bahia lutou, teve entrega, teve momentos de brilho, mas também pecou. A verdade é que perdemos essa classificação lá atrás, quando fomos derrotados em casa. Era naquele jogo que o Bahia precisava ter se imposto, feito o dever diante da torcida e encaminhado sua vaga. Faltou maturidade, faltou foco, e agora, estamos pagando o preço. Em uma competição como a Libertadores, cada detalhe importa.

Agora, o foco muda. Ainda há Sul-Americana, Brasileirão, Copa do Brasil e do Nordeste. Mas a ferida fica. Porque quem viu esse Bahia crescer na Libertadores acreditou que daria para ir mais longe. E hoje, o que resta é a frustração. Não pelo fim, mas pelo gosto de que poderia ter sido diferente.

Próximo desafio

Agora o Bahia volta suas atenções para o Brasileirão, com um confronto diante do São Paulo marcado para sábado (31), às 18h30, na Arena Fonte Nova.

Por Thamires Barbosa Araújo

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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