Nos pênaltis, Fortaleza cai diante do Retrô-PE e dá adeus à Copa do Brasil
Luz, câmera, caixão. O Fortaleza assinou mais um capítulo da sua desastrosa temporada, sendo eliminado ainda na terceira fase da Copa do Brasil jogando em casa, na noite desta quarta-feira (21). Nos pênaltis, o time de Vojvoda caiu diante do Retrô-PE, após empatar em 1×1 no tempo normal. Clima maravilhoso ao fim da partida, com uma tonelada de vaias, jogador brigando com torcedor e mais uma saraivada de protesto no estacionamento do Castelão.

O time mais caro da história do Leão do Pici até o momento segue dando prejuízo. Vice no estadual, eliminado de maneira precoce na Copa do Brasil, classificação na Copa do Nordeste em 4º com uma campanha desastrosa na fase de grupos com derrotas para Altos-PI e Sousa-PB, próximo ao Z4 no Brasileirão e só está na zona de classificação na Libertadores porque ganhou um jogo por W.O, ainda com chance de não passar para as oitavas da competição continental.
Assistir ao Fortaleza de 2025 chega a dar dor física. Se espremer um torcedor, é capaz do ódio dele se manifestar fisicamente e escorrer pelos poros. E ainda temos de ouvir jogador mimado que não faz mea-culpa e tem a pachorra de criticar a TORCIDA que todo jogo, ainda que em baixo número, segue sua lida de martírio e calvário de assistir essa corja de quadrúpede em campo.
No jogo diante do Retrô, não pode-se dizer que o Fortaleza perdeu uma carrada de gols porque nem criatividade o time tinha. Extremamente lento nas transições e sem conseguir ganhar uma única disputa aérea, muito menos segunda bola. Foi de arder os olhos, meus queridos. Breno Lopes marcou no segundo tempo, mas sofremos o empate após David Luiz e Tinga se movimentarem igual duas múmias paralíticas sem nenhuma tentativa de interceptar o ataque adversário.
João Ricardo ainda fez boas defesas impedindo a virada do time pernambucano. Se tem alguém que ainda merece reconhecimento é o goleiro que foi o único a ter a hombridade de assumir a culpa do baixo rendimento e pedir desculpas à torcida, diferente do capitão de araque.
Fim do tempo normal. Decisão nos pênaltis tal qual ano passado diante da mesma equipe, com a diferença que tomamos uma sonora taca de 4×1, com Lucero e Kervin desperdiçando suas cobranças. Coisa ridícula. Palhaçada mesmo. Longe de qualquer coisa parecida com uma equipe de futebol profissional. Eliminação seca, crua, que escancarou o planejamento patético deste ano. Contratações erradas, montagem de elenco mal feita, jogadores blindados e comissão técnica perdida.

Vojvoda falou em entrevista coletiva após o show de horrores no Castelão:
“Não conseguimos o Estadual, na Copa do Nordeste nos classificamos em 4º lugar, no Brasileirão, nós não estamos bem, isso é a realidade. Nós estamos com dor, eu estou chateado, e tem que servir (a eliminação) para buscar os resultados, pois o Fortaleza não está bem, não estamos bem, e o que dá para fazer? Trabalhar, cobrar dos jogadores, cobrar a comissão, ter autocrítica e reconhecer que não estamos em bom momento. Serve de aprendizado? Eu não sei.”
Mas aprendizado de que, meu senhor? Futebol é a única coisa que você, sua comissão e seus jogadores praticam e tem contato desde a mais tenra idade. Dor quem sente é o torcedor, sou eu que deveria estar trabalhando e estou aqui remoendo esse jogo para escrever essa crônica.
Por Sara Cordeiro
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Portal Mulheres em Campo