Desânimo. Essa é a palavra que define bem o que o torcedor santista vem sentindo ao longo da temporada do Santos até aqui. Na verdade, poderia listar diversas palavras que resumem o que os alvinegros sentem, mas é algo completamente oposto do que muitos sentiram naquele 31 de janeiro, dia da apresentação do Neymar, data que marcou um momento de esperança que hoje é uma frustração.
O Santos Futebol Clube vem ano após ano sendo sucateado, isso é um fato. A cada gestão que passa, as mesmas promessas são feitas e o barco afunda cada vez mais. Em 2023, vivemos o pior momento de nossa história depois de uma tenebrosa e omissa gestão do excelentíssimo Andres Rueda. No último ano, não víamos a hora de que o pesadelo da série B acabasse e caímos no conto de que era necessário ter paciência e que estávamos em reconstrução. O Santos se sagrou campeão da série B de forma culposa, jogando abaixo do nível e com um time sem vontade. Mas para a atual gestão, a “missão foi cumprida”. Ok, foi. Mas era o “mínimo” se tratando de Santos Futebol Clube.

A esperança da volta à elite, assim como o retorno do “Eterno camisa 11”, trouxeram por um curto período a esperança que há tempos não víamos. Mas o clube caiu na semifinal do Campeonato Estadual sem a presença do seu melhor jogador. Além disso, vem de tropeço na Copa do Brasil e em nove rodadas no Campeonato Brasileiro conquistou apenas UMA vitória com atuações pífias dentro e fora de casa. Um extra-campo tenebroso sem planejamento e totalmente amador.
E acreditem, segundo o presidente do clube, o momento é de “união e fé”. Cá entre nós, a união deveria ser de reunir a torcida para forçar um impeachment da atual diretoria e a fé de que isso realmente aconteça. Mas sabemos que infelizmente isso é uma utopia, assim como qualquer ideia de modernidade no Santos. Eles não querem que o Santos cresça.
São sequências de erros que escancaram o quão um elenco sem psicológico e uma diretoria sem pulso e foco podem ser capazes de apequenar um clube gigante como o Santos. Dói. Dá raiva. É desesperador.
O futebol na minha vida é uma válvula de escape, mas ultimamente está sendo mais um motivo de estresse. É inadmissível o que estão fazendo com a instituição.
Até quando isso vai durar?
Trocar de técnico a cada 10 jogos, contratar jogador meia boca não mudará o cenário. O que mudará o cenário é, de fato, investir no futebol, trazer jogadores de qualidade e fortalecer o psicológico de quem ainda está aqui. No final das contas, o plantel do Santos está longe de ser o pior da competição. Mas algo precisa ser feito e com urgência.
Não adianta ter união e fé nas arquibancadas sendo que nas quatro linhas quem deveria defender a camisa branca não aparenta estar fazendo isso. O que resta é apoiar. Sem ter uma venda nos olhos e achar que nada está acontecendo. Sem apontar dedo para jogador x e y. A maior culpa do atual momento do clube é exclusivamente da gestão.
Ou acorda agora ou em dezembro voltaremos para o lugar que sempre abominamos.
Vai pagar para ver, MT?
Por Carolina Ribeiro
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.