Empate com Goiás marca o oitavo jogo do Papão sem vencer na Bezona
Pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, o Paysandu enfrentou o Goiás na noite deste domingo (18), no Mangueirão, em Belém. A partida terminou em empate sem gols e garantiu somente um ponto para as equipes, levando o Esmeraldino a alcançar 17 pontos na tabela, enquanto o time da casa soma apenas quatro até agora.
A situação do Paysandu fica ainda mais crítica após outro empate na competição. Até o momento, são oito rodadas disputadas e o time bicolor não venceu nenhuma. A temporada surpreende negativamente o torcedor, que viu o Papão ganhar seu primeiro título do ano logo no primeiro mês de 2025. A expectativa era a melhor possível para a temporada, mas em meados de maio, infelizmente, a equipe alviceleste está irreconhecível.
Em mais um confronto castigado pela chuva, Paysandu e Goiás duelaram em posições completamente opostas. De um lado, o Verdão buscava a vitória para se isolar na liderança do campeonato. Do outro, o Papão tentava seus primeiros três pontos por vitória, que sequer o tiraria do Z4. O resultado disso foi uma partida bem movimentada, mas com pouca assertividade de ambas as partes.

No primeiro tempo, o time da casa controlou um pouco mais a partida. Ainda assim, o Goiás também criou algumas oportunidades. Aos 14 minutos, Diego Caito arriscou sem força para o Verdão e a defesa ficou fácil para Matheus Nogueira. Já o Paysandu, apesar de segurar mais a bola, não conseguia chegar com tanta efetividade na área esmeraldina. Após algumas tentativas e chutes explodindo na defesa, o camisa 9 alviceleste, Jorge Benítez, em jogada individual chutou raspando a trave do adversário. Em seguida, Juninho, do Goiás, respondeu e finalizou na área bicolor, mas Matheus Nogueira novamente defendeu sem maiores problemas. Com o placar zerado, as duas equipes deixaram o gramado ao fim da primeira etapa.
Já no segundo tempo, voltando sem alterações, o Paysandu pareceu ter sofrido um apagão. Foram dez minutos de sufoco e pressão do time visitante. Recobrando a consciência, o time bicolor atacou e levou perigo ao Verdão com um cabeceio de Nicolas e um chute traiçoeiro de Benítez, ambos defendidos pelo goleiro Tadeu que salvou o Goiás. Aos 32 minutos, os dois times protagonizaram uma sequência bizarra de lances. O lateral-direito do Papão, Edilson, chegou livre na área e não chutou. Em vez disso, recuou a bola nas costas de Benítez, que não conseguiu finalizar. A jogada terminou nos pés do atacante esmeraldino Anselmo Ramon, que encontrou o goleiro bicolor desatento na entrada da área ajustando a caneleira, enquanto o contra-ataque adversário subia. Para o alívio alviceleste, o chute do camisa 9 saiu pela linha de fundo.
Faltando pouco mais de 10 minutos para o fim da partida, Luizinho Lopes optou pelo atacante Marcelinho no lugar do capitão Nicolas para trazer mais ofensividade ao confronto. Marcelinho criou duas ótimas oportunidades, mas novamente a bola parou no goleiro alviverde. Aos 44, o técnico bicolor ainda decidiu pela entrada do camisa 10 do Paysandu, Giovanni, e a torcida não perdoou. Muito criticado, Luizinho foi chamado de burro enquanto as vaias embalavam o ingresso do jogador. Mesmo com os seis minutos de acréscimo definidos pela arbitragem, as equipes nada fizeram e o jogo terminou empatado em 0 a 0.

O resultado compromete ainda mais a campanha realizada pelo Paysandu, que disputa o seu segundo ano consecutivo na Série B. Com oito rodadas e apenas quatro pontos conquistados, o time paraense se afunda cada vez mais na zona de rebaixamento, causando uma preocupação genuína no torcedor assombrado pelo pesadelo de jogar novamente a terceira divisão.
A equipe bicolor viaja na tarde desta segunda-feira (19), rumo a Salvador, onde enfrentará o Bahia pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. No primeiro jogo, o Paysandu foi derrotado por 1 a 0, com gol de pênalti. Agora, o time alviceleste precisa vencer por dois gols de diferença para garantir a próxima fase, ou buscar o empate no agregado para levar a disputa para as penalidades.
Por Giovanna Queiroz
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