Com a toca 3 lotada só de cruzeirenses, clássico entre Raposa e Galo promete eletrizar a 9ª rodada do Brasileirão
Quando o relógio marcar 20h30 deste domingo (18), o coração do torcedor mineiro vai bater diferente. Cruzeiro e Atlético-MG se enfrentam pela 9ª rodada do Brasileirão, e o palco não poderia ser outro: o Gigante da Pampulha, lotado, pulsando, pronto para escrever mais um capítulo dessa rivalidade centenária.
A Raposa chega empolgada, confiante e com moral nas alturas. São três vitórias seguidas no Brasileirão: Vasco (1 a 0), Flamengo (2 a 1) e um passeio contra o Sport (4 a 0). Com 16 pontos, o time de Leonardo Jardim ocupa a 4ª colocação e quer mais, quer o topo, quer a afirmação, quer vencer o maior rival diante da sua torcida.
Do outro lado, o Galo também não vem mal. Venceu Juventude (1 a 0) e Fluminense (3 a 2), soma 12 pontos e ocupa o 7º lugar. Mas neste tipo de jogo, pouco importa a tabela, o clássico é outra história. É adrenalina pura, onde cada detalhe pode virar manchete no dia seguinte.
E o clima? É de final. Mais de 61 mil ingressos foram vendidos, todos para cruzeirenses. A arquibancada será azul, o canto será uníssono. A pressão vai ser de um lado só, mas o nervosismo será dividido no campo.
Porque clássico é isso: não tem lógica, não tem favoritismo. Quando Cruzeiro e Atlético-MG se encaram, o tempo desacelera e o coração dispara. A cidade se pinta de azul e preto e branco. Os bares viram arquibancadas improvisadas. Cada rua, cada mesa de boteco, carrega promessas e provocações sussurradas como rezas antes do apito inicial.
No estádio, a energia é elétrica. O som das torcidas não se ouve, ela vibra no peito como trovão. Cada dividida é uma batalha, cada chute pode ser o nascimento de um ídolo ou a dor de uma eternidade.
Não é só futebol. É um orgulho. É memória. É identidade. Cruzeiro e Atlético não jogam por três pontos. Jogam pelo direito de dizer: aqui quem manda sou eu.
Retrospecto de clássicos
Nos últimos encontros no Gigante da Pampulha, quem tem levado a melhor é o lado alvinegro. Nos últimos dez clássicos disputados no Mineirão, o Atlético venceu cinco, o Cruzeiro ganhou três, e dois terminaram empatados. Um recorte recente que pesa, mas que, em clássico, nunca garante nada. Afinal, quando a bola rola, passado e estatística se dissolvem no calor da rivalidade.
Prováveis escalações
Do lado azul, Leonardo Jardim deve apostar na força do entrosamento e na solidez defensiva para manter a boa fase. A Raposa vem embalada por três vitórias consecutivas e tem nomes de peso em campo.
Escalação do Cruzeiro:
Cássio, Fagner, Fabrício Bruno, Villalba e Kaiki; Lucas Romero, Lucas Silva, Christian e Matheus Pereira; Wanderson e Kaio Jorge.
Técnico: Leonardo Jardim.
No lado alvinegro, Cuca chega com uma equipe talentosa e ofensiva, que busca manter a reação no campeonato.
Escalação do Atlético:
Everson, Natanael, Lyanco, Júnior Alonso e Rubens; Alan Franco, Fausto Vera e Gustavo Scarpa; Júnior Santos (Bernard), Hulk e Rony. Técnico: Cuca
Duas camisas pesadas, dois estilos distintos, e uma rivalidade que dispensa apresentações. O clássico promete ser decidido nos detalhes e cada nome na escalação pode ser o protagonista dessa história.
FICHA TÉCNICA
CAMPEONATO BRASILEIRO – 9ª RODADA
Data e horário: Domingo, 18 de maio de 2025, às 20h30
Local: Mineirão, Belo Horizonte
Onde assistir: Prime Video
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Neuza Ines Back (SP) e Daniel Luis Marques (SP)
VAR: Rafael Traci (SC)
Por Mury Kathellen
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo
