VITÓRIA: para quem acredita, uma história de fé, amor, garra e coragem. Por todos os sonhos dos rubro-negros espalhados pelos pais.
Diferente do que aconteceu no ano passado, quando enfrentou o Vasco um dia antes do seu aniversário e foi derrotado por 2 a 1, neste ano a história foi diferente. O clima é de comemoração, de virada de chave, de fé renovada! O Vitória enfrentou o Vasco no último sábado (10) e não só venceu por 2 a 1, como fez isso de virada, com o Barradão lotado, vibrando ao som de:
“Só sei
Que a TUI estremece
A bateria enlouquece
E pelo rubro-negro a gente canta
As bandeiras então se balaçam
É o leão que vai jogar
Só sei, que eu vim aqui pra te apoiar!
Êô, êô Vitória meu amor, Vitória meu amor
Êô, êô Vitória meu amor, Vitória meu amor”

Em uma noite chuvosa, nasceu um dos primeiros clubes brasileiros. No dia 13 de maio de 1899, os irmãos Valente, Arthur e Artêmio, reuniram-se com alguns amigos moradores do bairro Corredor da Vitória, em Salvador, para fundar o Club de Cricket Victória. Inicialmente um clube de críquete, mas em 1901 foi-lhes apresentado o futebol, que, no fim, foi adotado como um dos esportes oficiais do clube no ano seguinte — ao lado do atletismo, natação e remo. Com isso, veio também a mudança de nome: Sport Club Victória.
No seu primeiro jogo profissional no futebol, a equipe já mostrou sua força, em 13 de setembro de 1902, venceu o São Paulo Bahia Football Club por 2 a 0. Seis anos depois, foi coroado com a conquista do Campeonato Baiano, seu primeiro título na modalidade. A mudança definitiva para “Esporte Clube Vitória” aconteceu em 1946.
A tradicional missa de aniversário foi realizada no último sábado (10), mantendo vivo o sentimento de fé e da crença de que o Vitória sempre encontrará seu caminho. A virada de sábado, trouxe para a torcida o sentimento de que “se Deus é brasileiro, o Papa é rubro-negro”. Porque aqui, no Vitória, fé e amor caminham juntos. A esperança é a última que morre e sempre andará lado a lado com a torcida rubro-negra.
Agora, a torcida volta suas atenções para a Sul-Americana. Muitos dizem que a classificação é improvável. Mesmo com chances reduzidas, ainda acreditamos que é possível. Porque o Vitória é isso, acreditar até o último minuto, sempre!
Com um título da Série B do Campeonato Brasileiro, quatro Copas do Nordeste e trinta conquistas do Campeonato Baiano, o clube segue mostrando que, dentre todos, é grande, que sempre irá lutar pelos seus torcedores espalhados por todos os cantos do mundo. Porque grande é a sua história!
“Vitória, Vitória, tu tens grande história
Procura mostrar todo teu poder
Somos invencíveis, não vamos temer
O teu pavilhão nós vamos erguer
Seremos Vitória até morrer!”
São pessoas apaixonadas por esse clube, com o vermelho e preto correndo nas veias. É o Esporte Clube Vitória, o Leão da Barra, um time com tradição. Os rubro-negros são glória, fazem parte desta história, são Vitória de coração.
São 126 anos, aniversário do Esporte Clube Vitória, o time que não hesita, que não se dá por vencido, que luta até o fim e, quando faz isso, consegue alcançar lugares que muitos rotulavam como inalcançáveis. Esse amor é passado para todos aqueles que estão no meio, de pais para filhos, de avós para netos, de jogadores para familiares, da torcida para os atletas que vestem o manto — que, independentemente de quem sejam, sempre que têm a oportunidade, estão no meio deles.
Um sentimento inexplicável, onde nenhuma palavra no mundo seria capaz de descrever. É o sentimento de pertencer, de estar no Manoel Barradas e fazer o Barradão pulsar ao som de:
“Eu vou torcer com fé
Eu vou andando a pé
Pelo vitória, minha vida
Avante meu leão
Tua força de onde vem?
Dessa torcida, que canta e vibra”
Sentimento gigantesco que fez o pequeno João Pedro amar e idolatrar o clube, o amuleto do Leão, que diz com muito orgulho “Deus me livre não ser Vitória”.
Emoções únicas, indescritíveis e inesquecíveis, que levaram Matheuzinho, mesmo lesionado, a cantar e vibrar ao lado dos Imbatíveis, que se empolgou tanto que quase pulou, mesmo impossibilitado de fazer isso. Tudo porque estava desfrutando do melhor sentimento do mundo: o de ser Esporte Clube Vitória.
Por Tamara Ferreira
*Esclarecemos que os textos desta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.