Esquadrão abre o placar no segundo tempo, mas logo vê o triunfo indo embora
Alô, Nação Tricolor!
A conta veio cara para o Esquadrão e com ela a primeira derrota na competição. O Bahia, que é líder do Grupo F na Libertadores, começou abrindo o placar no início do segundo tempo, mas viu o triunfo escorregar pelos pés (literalmente) na noite desta terça (07), ao ser atropelado de virada pelo Nacional com um placar de 3 a 1. Nem mesmo as substituições realizadas por Ceni surtiram o efeito esperado. Apesar do resultado desastroso, o Tricolor Baiano se mantém na liderança com 7 pontos, enquanto o adversário está na terceira posição com 4 pontos.

Rogério mais uma vez precisou improvisar o volante Erick na lateral direita, já que Gilberto e Arias seguem realizando tratamentos. No ataque, Willian José entrou no lugar de Lucho. Sendo assim, a escalação ficou da seguinte forma: Marcos Felipe, Santiago Mingo, David Duarte, Erick, Luciano Juba, Caio Alexandre, Everton Ribeiro, Jean Lucas, Cauly, Willian José e Erick Pulga.
O Esquadrão apostou em bolas mais aprofundadas pelo lado esquerdo, uma dessas jogadas inclusive, quase terminou em finalização de Jean Lucas. Aos 17’, Caio Alexandre fez um passe rasteiro para Erick Pulga, mas foi travado na hora do chute. Na defensiva, o Tricolor precisou se preocupar com as transições rápidas realizadas pelo Nacional. O que também é motivo de preocupação e tem gerado problema ao time de Ceni ao longo da temporada.
Jean Lucas foi desarmado no campo de ataque aos 29’, gerando uma bagunça na defesa, que além de não conter o passe por dentro, contou com a rápida ação de Marcos Felipe para evitar o gol de Nico. Caio Alexandre, Erick, Everton e Cauly fizeram tentativas pela direita. A quase jogada funcionou no final do primeiro tempo, quando Erick resolveu correr um pouco mais e quase marcou com cobertura. Um bola longa foi cruzada na medida para William cabecear, mas acabou encontrando Meíja no caminho.
O Bahia acertou o mesmo número de bolas no alvo que o Nacional no primeiro tempo, mas sabia que no segundo tempo seria necessário muito mais. O Tricolor teria que ser mais agudo e intenso se quisesse garantir o triunfo.
A equipe voltou para o segundo tempo sem alterações, e não demorou a desencantar e balançar as redes. A jogada para abrir o placar teve a condução de Caio por dentro do passe para William. O atacante encontrou Jean Lucas na grande área que marcou 1 a 0 para o Esquadrão ainda aos 2’. O único gol dos donos da casa, já que a proporção em que tentava ampliar o placar realizando as benditas transições rápidas, ia deixando espaços e concedendo escanteios ao Nacional.
O desperdício do ótimo ataque de Pulga aos 11’,.e o restante de falhas coletivas do time das três cores, fizeram com que Morales finalizasse livre da marca do pênalti empatando em 1 a 1. A segurança defensiva de quem estava sem perder há cinco jogos ruiu em fração de segundos e nos 16’, o Esquadrão demonstrou isso. O time se desestabilizou a tal ponto que Juba errou um recuo e para sorte dele, a defesa de Marcos Felipe estava ligada em finalização de Romero.
Ceni então resolveu mexer no time aos 19’ tirando Everton Ribeiro, visivelmente desgastado, para entrada de Ademir, visando dar mais velocidade e intensidade pela direita. Cauly recuou para fazer a função do camisa 10 e também não funcionou. Só Deus! Instável e exposto seguia o Esquadrão em busca desesperada para aumentar o placar desesperadamente, mas aos 23’, ficou escancarado o quão ruim estava o time baiano quando Mingo e David não conseguiram parar a jogada de Nico López que aumentou o placar para 2 a 1. Uma nova mudança tirou Erick e Jean para as entradas de Michel e Lucho, mas o contra-ataque voltou a sofrer gol, só que desta vez de bola perdida por Michel em rebote de escanteio. Millán aproveitou o cruzamento e fez o dele marcando 3 a 1 para o Nacional.
O apagão do time foi visto por 43 mil torcedores que ficaram sem entender o que aconteceu dentro da Arena Fonte Nova. Nos próximos jogos da Liberta, que serão fora de casa, esperamos ver um desempenho melhor.

Fala Professor
Na coletiva, Ceni afirmou que o time se perdeu depois que abriu o placar:
“Fizemos um bom primeiro tempo, não cedemos contra-ataques ao Nacional. Tivemos a bola, tivemos paciência. Infelizmente o que mais fez mal a gente foi o gol, mudamos nossa postura em campo. Parecia que estava 1 a 0 para eles. Começamos a ceder escanteios, contra-ataques, isso não é normal, não é o padrão do nosso time entrar nesse jogo de transição…”
“Faltou um pouco de calma, erramos passes e puxadas de contra-ataques. A parte mais estranha é que sofremos com as transições depois que fizemos 1 a 0. Deveríamos ter mais calma e trabalhar melhor a bola.”
Agenda Tricolor
Não adianta chorar pelo leite derramado. A maratona de jogos continua neste sábado (10), desta vez pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. O Esquadrão enfrentará o Flamengo, no Maracanã, às 21h. E não podendo contar com Erick e Caio Alexandre por estarem suspensos, só podemos chamar por Deus!
Por Gizele Mota
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.