O Inter foi superado pelo Corinthians e agregados na Neo Química
Neste sábado (03), o Colorado foi até São Paulo para enfrentar o Corinthians pela sétima rodada do Brasileirão e saiu derrotado por um vergonhoso 4 a 2, em uma tarde de escolhas desinteligentes e tendenciosas.

Fora de casa e num confronto que sempre pesa além dos três pontos, o Colorado enfrentou o Alvinegro — e sempre mais alguns — em busca de três pontos importantíssimos e também tinha o objetivo de manter de pé uma sequência que beirava 5 anos sem vitórias do clube paulista sobre o Clube do Povo.
A partida começou como se esperava, o time da casa oferecendo volume de jogo e perigo enquanto o Inter buscava encontrar espaços na partida, com o decorrer do jogo o Colorado subiu a marcação e foi expondo o adversário aos erros. Logo aos 17’, Wesley ia fazendo o que faz de melhor; deixava a defesa corinthiana de expectadora do lance. No entanto, Yuri Alberto aplicou um “golpe de judô” sob o atleta Colorado, desequilibrando-o e posteriormente parando a jogada do camisa 21. As escolhas questionáveis começaram aqui, pois o lance seguiu sem nenhuma sugestão de revisão feita pela arbitragem de vídeo.
Pouco tempo mais tarde, aos 24 min, Yuri Alberto chegou livre frente ao gol e como a “lei do ex” não falha neste país abriu o placar para os donos da casa.
Atrás no placar o Inter de Roger Machado teve de correr pelo resultado e talvez esse tenha sido o melhor momento do time na partida. A postura foi de um time consciente de si mesmo e da sua qualidade tal qual do jogo que estava sendo proposto pelo cortinas e suas possíveis lacunas. Aos 38’, Braian Aguirre encontrou o espaço perfeito para receber o cruzamento de Wesley e deixar tudo igual em Itaquera.
O caminho para o gol existia, as deficiências do time da casa estavam expostas e o Colorado sabia por onde chegar. Caminho traçado e percorrido tão breve que, a torcida ainda comemorava o gol de empate, quando Thiago Maia numa sequência belíssima de pé em pé e de roda nos paulistas acertou o fundo das redes do goleiro Hugo. Inter 2 a 1 aos 42 minutos do primeiro tempo.
Era de fato o cenário perfeito se o jogo tivesse se findado ali, superioridade correta, placar à frente, postura de time que sabe quem é e o que quer, mas havia um intervalo pelo caminho, conversas que não conhecemos e decisões que não foram muito bem entendidas ou certeiras. O Internacional voltou para a etapa complementar sem Alan Patrick, com Óscar Romero na reposição e um olhar preocupante para o que teria motivado a saída do camisa 10.
Não foi somente a troca de atletas que logo ficou clara, havia uma postura diferente do time e se Roger Machado tem uma frase marcante em sua passagem no Inter, ela também pode ser incluída aqui o professor que usa o termo “o tamanho da sua fome que determina o seu sucesso” trouxe de volta um time que parecia estar de barriga cheia, satisfeito e foi aí que a “água fria no chimarrão” fez a história do jogo mudar.
O Inter que voltou satisfeito esqueceu-se de jogar bola e, aos 16 min do segundo tempo, viu seu camisa 8, Bruno Henrique, levar o segundo cartão amarelo na partida e deixar o time com um a menos, não que a permanência de fato de BH em campo fosse algum acréscimo no jogo, mas a desinteligência do jogador fez com a condição numérica fizesse parte da construção da virada que aconteceria.
Com um a menos e o time se vendo ser engolido pela “fome” adversária, o Inter viu Yuri Alberto, outra vez, deixar tudo igual aos 20 min. Na sequência, o Inter foi se desconfigurando e viu o Corinthians marcar facilmente outros dois gols, contudo, ambos tiveram faltas na origem do lance e foram anulados após consulta no VAR. E ok, até então, apesar de não realizarem a análise da falta de Yuri Alberto sobre Wesley na primeira etapa, ainda via-se decisões acertadas pelo vídeo.
Mesmo com os dois gols anulados, o time da casa viu espaços e seguiu propositivo. No apagar das luzes, a arbitragem marcou um pênalti para o Corinthians bastante questionável, mas era somente mais um ingrediente de um jogo com ganhador desenhado. Na cobrança, Yuri Alberto ampliou o placar, 3 a 2 que virou 4 a 2 com gol de Igor Coronado aos 57 minutos.
Um jogo para NÃO SE ESQUECER, para se fazer lembrar, seja pela arbitragem mais uma vez caótica, tendenciosa e deficiente, seja pelo futebol inqualificável ou pelo julgamento incorreto das escolhas de Roger Machado.
Por Jéssica Salini
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.