E lá vamos nós…


O Vitória e o seu relacionamento com o Z4: o torcedor não aguenta mais

Neste sábado (03), o Vitória enfrentou o Ceará pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Com mais uma atuação apagada, o Leão da Barra volta para Salvador sem nenhum ponto conquistado, além de retornar para a zona de rebaixamento, após ser derrotado pelo Vozão por 1 a 0, fora de casa.

Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

Para o duelo, Thiago Carpini promoveu quatro mudanças em relação ao time que entrou em campo na última rodada. Neris substituiu o lesionado Zé Marcos na zaga, enquanto no meio de campo, Ricardo Ryller entrou no lugar de Pepê, também lesionado e, no ataque, Lucas Braga e Carlinhos substituíram Erick e Mosquito que começaram no banco de reservas.

No primeiro tempo, o Rubro-Negro levou mais perigo ao adversário, pressionando com uma marcação alta e criando chances de abrir o placar logo nos primeiros minutos. Aos cinco, após cruzamento para a área, Janderson cabeceou com força, mas a bola saiu em tiro de meta. Aos 14, Carlinhos recebeu cruzamento de Claudinho e se jogou para finalizar, mas, desequilibrado, chutou para fora. 

Os minutos finais da primeira etapa reservaram grandes chances para as duas equipes. Aos 43, Matheuzinho desarmou e partiu em contra-ataque, finalizando da entrada da área, mas o goleiro defendeu. Na sequência, Pedro Raul recebeu cruzamento para cabecear, mas Lucas Arcanjo defendeu. Aos 45 minutos, Galeano arriscou de longe, a bola desviou em Pedro Henrique e passou muito perto do gol. O Vitória respondeu cinco minutos depois, com finalização desviada de Lucas Braga que também passou muito perto da meta.

Na segunda etapa, o Ceará foi mais agressivo. Logo aos dois minutos, em cobrança de falta ensaiada, Matheus Bahia chutou de longe e Arcanjo defendeu. No rebote, Pedro Henrique tentou finalizar, mas foi travado por Carlinhos. Aos 8, Pedro Henrique cobrou uma falta e quase marcou para o Ceará, mas a bola acertou o travessão. Dois minutos depois, Marllon nem precisou subir muito, para cabecear sozinho e abrir o placar da partida. 

Após o gol, Carpini realizou alterações na equipe, Ricardo Ryller, Lucas Braga e Carlinhos deram lugar a Wellington Rato, Erick e Léo Pereira, com o intuito de trazer um gás novo. Apesar disso, o time só conseguiu finalizar para o gol em duas oportunidades, ambas com Wellington Rato. Na primeira o camisa 10 arriscou de fora da área e a outra foi uma sobra com pouco ângulo, que exigiu ótima defesa de Fernando Miguel.

Se enganou quem pensou que o Vitória seria mais ofensivo, pelo contrário, quem teve chances de marcar foi o Ceará. Aos 36 minutos, Rômulo chutou de longe e Lucas Arcanjo defendeu. No rebote, Pedro Henrique chutou, mas, novamente o arqueiro do Leão da Barra defendeu. 

Quem esperava um Vitória mais ofensivo em busca do empate se enganou. Pelo contrário, foi o Ceará quem teve chances de marcar. Aos 36, Rômulo chutou de longe e Lucas Arcanjo defendeu. No rebote, Pedro Henrique finalizou, mas o arqueiro salvou novamente.

O resultado mostra, mais uma vez, uma equipe que não almeja chegar em lugar nenhum, que não se impôs nos dois tempos e, por consequência, sofreu mais uma derrota, — novamente em um erro defensivo — o jogador adversário estava tão livre de marcação que nem precisou se esforçar para cabecear e marcar o gol.

Muitos dessas resultados se dão pelo discurso derrotista de que o Vitória vai lutar para não cair ou que não tem chances de ir longe na Sul-Americana, falas que, partiram do próprio treinador e foram absorvidas pelo elenco. Se uma partida de futebol fosse previsível, se o time vencedor já estivesse definido, o esporte perderia a graça, o encanto e o motivo pelo qual é admirado por todos os seus amantes.

Os 11 atletas que iniciarem como titulares em cada novo desafio, precisam ter sede e vontade de conquistar bons resultados. Se os atletas que defendem o Esporte Clube Vitória continuarem com esse pensamento pequeno o time não vai ir longe, não vai chegar a lugar nenhum. Pelo contrário, a equipe vai estacionar no mesmo lugar, porque aqui no Brasil — seja no Campeonato Brasileiro ou em qualquer outro — todos os times buscam os resultados positivos. E a equipe do Vitória precisa seguir na mesma linha, simplesmente pelo seu tamanho, por sua história e por tudo já conquistaram, para fazer a alegria da torcida. A equipe precisa jogar pela torcida, por eles mesmos e por todos que querem o bem deste clube. 

Buscar os resultados positivos e, enfim, calar a boca daqueles que não acreditaram, essa é a linha tênue que move o futebol. O grande objetivo dos jogadores precisa ser o resultado positivo, para que, no fim, todos possam sorrir em conjunto, por aquilo que construíram. O Vitória precisa que seus atletas lutem para tornar o clube ainda maior, que busquem a vitória e façam jus ao nome que carregam.

O Leão segue com seis pontos e caiu para a 17ª posição. O próximo compromisso é na terça-feira (06), contra o Defensa y Justicia, no Barradão, às 19h, pela quarta rodada da Copa Sul-Americana.

Por Tamara Ferreira 

*Esclarecemos que os textos desta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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