Coelho vai a Ponta Grossa para enfrentar o Operário buscando encerrar jejum como visitante e manter promessa de retorno à Série A
O América entra em campo neste domingo, 4 de maio, às 20h30, para enfrentar o Operário-PR, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, pela sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com nove pontos conquistados até aqui e ainda sem vencer fora de casa, o Coelho carrega o peso de mais uma missão complicada como visitante — um roteiro que acompanha o time desde a temporada passada. A partida representa mais do que três pontos: é a chance de mostrar que a promessa feita por William Batista no início de 2024, de que o time briga para voltar à elite, ainda pode se sustentar na prática.

O problema fora de casa não é novidade. O América, que soma três vitórias como mandante, ainda não somou sequer um ponto longe do Independência nesta Série B — e isso já tem virado motivo de desconfiança entre os torcedores. Na rodada passada, o time foi facilmente dominado pelo Avaí e saiu de campo com um sonoro 3 a 0 nas costas. O desempenho frágil defensivamente e a falta de contundência nas finalizações reacenderam uma dúvida incômoda: será que o elenco realmente está preparado para brigar pelo acesso, como prometido?
Para o duelo em Ponta Grossa, o técnico William Batista deve manter a base da equipe que iniciou o jogo contra o Avaí. Segundo informação do portal ge.globo, a provável escalação do Coelho é: Matheus Mendes; Mariano, Ricardo Silva, Lucão e Marlon; Miqueias, Kauã Diniz e Elizari; Fabinho, Willian Bigode e Figueiredo. O atacante Figueiredo, que atuou na última partida, deve seguir entre os titulares. No entanto, o time ainda conta com desfalques importantes: o meia Alê e o atacante Guilherme Pato seguem no departamento médico e estão fora da partida.

Do outro lado, o Operário-PR também vive um início de campanha instável. A equipe paranaense ocupa a 15ª colocação, com apenas quatro pontos conquistados em cinco rodadas. Apesar do momento delicado na Série B, o time comandado por Rafael Guanaes ganhou moral após o empate em 1 a 1 contra o Vasco, pela Copa do Brasil. Como mandante, o Fantasma costuma ser competitivo, e o América sabe que não encontrará facilidade no Germano Krüger. O retrospecto recente entre as duas equipes mostra equilíbrio: nos últimos cinco confrontos, foram duas vitórias para cada lado e um empate — dado levantado por Lucas Bretas, do portal Itatiaia.
Apesar da oscilação fora de casa, a esperança do torcedor americano ainda se apoia no discurso firme do técnico William Batista, que, desde o início da temporada, afirmou com todas as letras: o América vai subir. O problema é que a prática anda tropeçando na teoria, e a cada ponto desperdiçado longe de Belo Horizonte, a margem para erro vai diminuindo. Se o acesso é mesmo o objetivo, como garantido pelo treinador, então partidas como a deste domingo não podem mais ser encaradas como “normais” — é hora de tratar jogo fora de casa como decisão.
Enquanto a torcida já aprendeu a não criar grandes expectativas com jogos fora de casa, ainda resta aquele fio de esperança que só quem é americano entende. Afinal, se não for na base da técnica, que seja na base da teimosia e do coração. O América tem elenco, tem camisa e tem obrigação de apresentar um futebol mais consistente longe do Independência. Vencer o Operário pode não resolver tudo, mas já seria o primeiro passo para mudar a narrativa — e quem sabe transformar essa missão, que até aqui parece impossível, em algo finalmente acessível.
Por Laura Assis
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.