Coritiba quebra mais um tabu e perde para Ferroviária


Em apagão memorável, time alviverde sofre virada e perde de 2 a 1 pelo time paulista

O Coritiba enfrentou a Ferroviária, nesta sexta-feira (02/05), e perdeu por 2 a 1, para o desespero dos torcedores alviverdes. O Coxa até saiu na frente, com o gol de Gustavo Coutinho aos 17’ do primeiro tempo, mas sofreu o empate e a virada na segunda etapa. Com a derrota, o Coritiba perdeu a chance de ficar na liderança e pode deixar o G4 nesta rodada. 

Foto: JP Pacheco/Coritiba

O primeiro tempo da partida foi dominado pelo Coritiba, com belos passes, jogadas rápidas e roubadas de bola bem executadas. Guilherme Aquino, Filipe Machado e Josué foram os grandes destaques do Coxa no primeiro tempo. Os três participaram do lance que gerou o gol de Gustavo Coutinho aos 17’. A jogada começou com Aquino, que roubou a bola na metade do campo, teve ótimo passe de Machado, um corta-luz preciso de Josué e a finalização do atacante. 

Ainda antes do intervalo, Alex Silva teve a chance de marcar, mas acabou errando a pontaria. Josué optou pelo toque para o lateral ao invés do atacante Lucas Ronier. O motivo é simples de entender: Ronier não jogou nada durante o confronto contra a Ferroviária. Voltou a ser o mesmo jogador criticado por não tocar a bola e querer driblar todo mundo. Além disso, está em uma posição confortável, pois sabe que é um dos melhores jogadores do elenco atual e que tem vaga cativa no time titular.

No início do segundo tempo, Josué teve a oportunidade de marcar o segundo gol em menos de um minuto, mas desperdiçou. A Ferroviária dominou completamente a etapa complementar e insistiu tanto que acabou marcando o gol de empate, aos 18’, com Carlão. A virada saiu aos 35’, também com Carlão, que mandou de cabeça para o gol. 

Sonho meu, sonho meu

Se tivesse jogado como no primeiro tempo, o Coritiba teria engatado a sequência de bons jogos que poderia ser comparado à campanha do último acesso. Entretanto, como nem tudo é como a gente sonha, o time alviverde fez de tudo para perder pela primeira vez da Ferroviária — quebrando mais um tabu — e pela segunda vez de um time que veio da série C. Voltamos a ser o time que, mesmo jogando bem, consegue perder de forma vergonhosa.

Derrota dolorosa

Para o técnico Mozart, a derrota foi “dolorosa”. “Nós não soubemos sustentar o resultado, infelizmente. Tem que tirar aprendizado desse tipo de jogo. Não podemos levar uma virada desta forma e ter dois tempos distintos como aconteceu”, disse. 

Mozart destacou a mudança de postura da Ferroviária no segundo tempo e lamentou o fato de que as trocas feitas no Coritiba não surtiram o efeito esperado. Mas também, convenhamos, como uma alteração feita pra lá da metade do segundo tempo vai conseguir reverter alguma coisa? Pelo menos o técnico não veio com o papo de “desempenho” e assumiu a responsabilidade. 

“A responsabilidade é minha. A minha ideia era baixar com o Vini e ter três jogadores por dentro, para tirar o ímpeto da Ferroviária, que tinha quatro jogadores por dentro, geraram superioridade, e não conseguimos controlar só com três jogadores. Acabou não surtindo efeito. A responsabilidade é minha, não é dos jogadores que entraram”, explicou.

O próximo confronto do Coritiba é contra o Goiás, no dia 10 de maio, às 18h30, na Serrinha. Vamos ver se realmente ele consegue tirar algum aprendizado dessa derrota. 

Por Raphaella Heinzen

*Esclarecemos que os textos trazidos não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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