É um pássaro? É um avião? 


Juventude leva virada e toma três gols de bola áerea em derrota para o Internacional

Na tarde deste sábado (26), o Juventude foi até o Beira-Rio para enfrentar o Inter e acabou saindo com uma derrota por 3 a 1, de virada, na sexta rodada do Brasileirão. Com um gol a favor logo no início e três lances contra originados de escanteios incrivelmente parecidos, o Internacional levou os 3 pontos, deixando o Ju no prejuízo no segundo jogo seguido que não conseguiu manter o resultado.Na tarde deste sábado (26), o Juventude foi até o Beira-Rio para enfrentar o Inter e acabou saindo com uma derrota por 3 a 1, de virada, na sexta rodada do Brasileirão. Com um gol a favor logo no início e três lances contra originados de escanteios incrivelmente parecidos, o Internacional levou os 3 pontos, deixando o Ju no prejuízo no segundo jogo seguido que não conseguiu manter o resultado. Na partida contra o Mirassol, o Verdão acabou cedendo o placar duas vezes depois de abrir vantagem sobre o adversário. 

A escalação de Fábio Matias foi ousada – para não dizer algo pior. Entrou com três zagueiros que, destes nenhum era Abner, e lançou Gilberto sozinho como centroavante, mesmo tendo Giovanny de opção no banco para a parte ofensiva. Com um elenco peculiar em campo, quase deu para ter algum tipo de esperança, pois, logo no início, o camisa 9 lançou para Emerson Batalla em profundidade para abrir o placar. Marcava 3 minutos no relógio do árbitro e o Ju já estava ganhando. Que sonho!

E aí a gente acordou, porque depois disso pudemos perceber o quão ineficiente é o esquema com 5 jogadores na linha defensiva, quando dois destes são Rodrigo Sam pelo meio e Marcos Paulo pela esquerda. Depois do gol, o time virou trocar passes estranhos no campo de defesa e tentar afastar um Inter que respondia ao gol com intensidade e insatisfação. Inclusive, aos 6 minutos, foi discutida a possibilidade de um pênalti para os donos da casa – o que é comum – porém, nada foi marcado já que antes de Tabata cair na área jaconera, Valencia havia dominado a bola com a ajuda de sua mão.

As coisas começaram a realmente desandar quando, aos 17 minutos, o Juventude cedeu mais um escanteio bobo ao adversário. A dificuldade de interceptar a bola no campo de defesa era demais e qualquer coisa os defensores estavam chutando para fora. Alan Patrick ajeitou a bola no canto do campo e mandou um levantamento certeiro para dentro da área. Onde estava Marcos Paulo, que deveria estar marcando o jovem colorado Victor Gabriel? Eu não sei, pois o zagueiro maranhense ficou sozinho para pular e cabecear a bola para dentro das redes de Gustavo. Sozinho. Três zagueiros e nenhum teve a decência de encostar em um atleta de 1,87 de altura para impedir um gol previsível desses. Que bom que esse tipo de coisa só acontece uma vez, certo?

Errado! Pois após Marcos Paulo desperdiçar a única boa chance do Ju antes dos 30’, cabeceando nos pés da zaga do Inter, e Rodrigo Sam fazer o favor de tomar um amarelo aos 25 minutos, o exato mesmo cenário se repetiu. Aos 38 minutos, depois de mais uma bola ser perdida na linha de fundo pela defesa ansiosa do Alviverde, Alan Patrick levantou outra bola exatamente igual na área. Mas é claro que agora Marcos Paulo estava ligado e pelo menos derrubou Victor Gabriel antes de ele chegar para finalizar, certo? Claro que não! Mais uma vez, o camisa 47 do Internacional subiu completamente sozinho e carimbou as mãos de Gustavo, num ricocheteio que acabou dentro do gol. 

Até os 51 minutos do primeiro tempo o lado esquerdo do Juventude tentava trabalhar. Alan Ruschel correu demais tentando criar qualquer coisa que resultasse em gols, porém, não tinha espaço para fazer muito mais do que conectar com Ênio pela esquerda ou achar Gilberto em bolas longas e facilmente interceptáveis. A defesa até rendia mais do que ataque, mas do que adianta evitar gols se em meia hora vai render pelo menos 12 chances de bola parada para o adversário? Não tem como. 

Foto: Fernando Alves/ECJ

A volta manteve o jogo no mesmo equilíbrio. Uma hora o Internacional batia, na outra o Juventude apanhava, e entre essas duas coisas o torcedor jaconero berrava com Fábio Matias tentando entender qual havia sido a ideia de mudar todo o esquema tático logo num jogo fora de casa contra o campeão gaúcho. Então, a placa indicou que o número 23, Abner, que deveria ter sido titular desde o ínicio, entraria. Poxa, graças a Deus veríamos a dupla Abner e Adriano Martins trabalhando juntos. Só que acontece que Fábio Matias estava vestindo sua camisa vermelha por baixo da camisa do Ju e decidiu tirar o camisa 3 do jogo por motivo nenhum. Tu acabou de tomar dois gols de bola aérea e decide tirar o jogador mais alto do teu elenco – 1,92 de altura – perigando deixar Victor Gabriel nas mãos de Marcos Paulo mais uma vez? Sim! Ele fez isso! 

Com 2 minutos de etapa complementar, Abner já tinha um cartão amarelo e, por mim, a gente investiga ele e o professor por envolvimento com casa de aposta só de brincadeira porque não é possível. Passando dos 10 minutos, nosso ex, Roger Machado, decidiu que era a hora de trocar os centroavantes e promoveu a entrada do colombiano Borré, que não marcava há 5 jogos, desde a partida contra o Cruzeiro, no início do mês. Será que tu sabe me dizer como que o Juventude conseguiu acabar com o jejum do camisa 19? Pois é!

Também aos 17 minutos, Vitinho, que recém havia entrado no jogo, tentou uma jogada pela direita e foi desarmado, contudo, a bola morreu na linha de fundo. Mais uma vez, como se fosse um replay, Alan Patrick ajeitou a bola no canto do campo e mais uma vez mandou um levantamento certeiro para dentro da área. Victor Gabriel perdeu sua chance de pedir música no Fantástico especial de 60 anos da Globo para o colega Borré. O centroavante de apenas 1,74 de altura conseguiu brigar no alto com uma zaga que tem 1,86 metros de média e GANHOU! 

É um pássaro? É um avião? Não! É um levantamento do Alan Patrick! O camisa 10 conseguiu um hat-trick de assistências, porque a defesa jaconera teve a pachorra de ceder 9 escanteios por completa incompetência na hora de dominar e passar a bola depois de interceptá-la. Inacreditável e inaceitável a postura do Papo dentro do Beira-Rio. Um jogo tão ruim que deu até tempo de eu perceber o quanto me incomoda o fato de o tom de verde do calção do Ju ser diferente do tom das listras da camiseta. 

Diferente das Esmeraldas, que jogaram muito bem mas acabaram perdendo o jogo contra o Flamengo por detalhes, e um tanto de sorte do lado rubro-negro, o time masculino teve uma atuação pífia, inconsequente e ineficiente diante do adversário que nós mais conhecemos dentro do Campeonato Brasileiro. Para melhorar, a Gurizada Jaconera também perdeu para o Internacional por 3×0 no Estadual Júnior sub-20. Realmente um dia que foi noite para o torcedor alviverde. 

O Juventude volta a campo na noite da segunda-feira (5) – esperamos que em um 4-4-2 lúcido – para enfrentar o Atlético-MG, no Alfredo Jaconi, em Caxias. Caso o Hulk esteja com o crossfit em dia, treinando muito seu pulo, que Deus proteja as nossas almas. 

Por Luiza Corrêa

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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