Tricolor volta a ativar o modo Libertadores e assume a liderança do Grupo F
Es el equipo, no hay manera!
De volta ao torneio após 36 anos, o time baiano vem fazendo bonito. O Bahia venceu por 1 a 0 o Atlético Nacional na noite desta quinta-feira (24), chegando a sete pontos e assumindo a liderança do famoso Grupo da Morte. A partida, válida pela terceira rodada, trouxe um Esquadrão que teve alta rotação e melhorou na segunda etapa para cravar o triunfo dentro da Arena Fonte Nova com 40.790 torcedores cantando, incentivando e o mais importante: Não deixando de acreditar no time que ama.
Além disso, podemos ver Rogerio Ceni ampliar a sua invencibilidade na competição como treinador, chegando agora a marca de 15 jogos com sete triunfos e 8 empates, o que lhe dá um aproveitamento de 64% na Libertadores.

Para iniciar a partida, o Bahia entrou em campo reforçado de jogadores poupados no último jogo, foram eles: Marcos Felipe, Santiago Mingo, David Duarte, Gilberto, Luciano Juba, Caio Alexandre, Everton Ribeiro, Jean Lucas, Cauly, Lucho Rodriguez e Erick Pulga.
Os primeiros minutos mostraram um Esquadrão pronto, preparado e querendo, bem no espírito de Libertadores, marcando pressão no campo de ataque para recuperar a bola rapidamente, fazendo com que o Tricolor já somasse escanteio e uma bola parada perto da área com apenas 4’. Também tivemos um Bahia com controle de ações e presença defensiva, porém sem acertos nas finalizações. Aos 30’, o Esquadrão aprofundou a bola, com Caio Alexandre esticando para Jean Lucas e encaixou outro bom passe para o meio-campista na sequência antes da bola sobrar na área. Como Lucho pareceu estar adiantado, perdeu a chance cara a cara com Ospina.
O Bahia demorou para fazer transições em alguns momentos e ainda conseguiu se sair bem, defensivamente falando. Uribe deu o primeiro sustoaos 35’, finalizando de longe do gol após rebote Tricolor de fora da área. Nos minutos finais, em uma virada de bola, Pulga deixou Gilberto livre na área, mas o lateral não acertou o cruzamento. Em uma nova tentativa, Everton Ribeiro fez o passe para Jean Lucas, que levantou a bola para Cauly, mas finalizou mal ao ser atrapalhado por Lucho.
Durante todo o primeiro tempo, o Bahia foi superior, mas precisava de volume ofensivo para balançar as redes. Por conta disso, Ceni não mexeu no time para o início do segundo tempo, mas que teve um papo no vestiário, isso teve – e deu certo.
Em marcação alta, Lucho cobrou falta aos 4’, e a redonda deu de cara com Ospina. A outra grande oportunidade veio aos 11’, em contra-ataque puxado por Jean Lucas, que teve a ajuda de Cauly ficando na cara do gol. O problema é que Jean pensou demais e foi desmarcado. Deu erro!
De chance não se pode reclamar e uma nova foi em um lance de transição rápida aos 13’. Everton Ribeiro encontrou com Pulga na pequena área, e o atacante precisou se esticar tocando fraco na redonda, que ficou com Ospina. O Esquadrão melhorou o campo ofensivo, mais não o suficiente para marcar gol, e isso já tinham se passado 20 minutos. Marcos Felipe defendeu a cobrança de falta de Cardona, até que Ceni realizou as primeiras alterações, tirando Lucho e Cauly para as entradas de William José e Ademir. O efeito veio imediatamente e William aproveitou o ótimo passe de Carlos Alexandre aos 26’, finalizando de primeira na grande área e abrindo o placar em 1 a 0 pro Esquadrão.

Com o intuito de fortalecer a marcação no meio campo e trazer novo fôlego, entraram Nestor e Erick nos lugares de Everton Ribeiro e Caio Alexandre. Os sinais de fadiga começaram a aparecer e exigiu a atenção do goleiro tricolor, que defendeu o chute de Parra pegando o Bahia desprevenido, já que Pulga não refez a recomposição a tempo na virada de bola da direita para a esquerda.
Os minutos finais iam se aproximando e exigindo cada vez mais do elenco Tricolor, que mesmo se mantendo bem, ainda levou alguns sustos chegando até a sofrer bola na rede. Asprilla, autor da cabeçada, cometeu falta em Mingo, e com isso o gol que confirmaria o empate foi anulado. A última alteração veio para evitar espaços: saiu Jean Lucas para a entrada de Acevedo, e assim o Tricolor segurou o resultado até o apito final.
O Pioneiro triunfou mais uma vez na Libertadores!
Fala Professor
Na coletiva de imprensa, Ceni expressou o sentimento de felicidade não somente pelo resultado como pelo empenho da equipe mesmo estando desgastada. Mas, mesmo com a empolgação optou por manter a cautela sobre a classificação:
“Feliz pela maneira que competimos, jogamos, criamos. Uma equipe que trouxe muita dificuldade, um time fisicamente mais forte que o nosso, mais descansado que o nosso. Mas fizemos um bom jogo, foi difícil, mas de maneira merecida traz ainda mais orgulho para nós”.
“Não acho que a classificação já vem na próxima rodada, mas temos a possibilidade de fazer mais um grande jogo. É outro time que vai trazer dificuldade, mas vamos tentar chegar aos dez pontos. E aí sim vamos sofremos muito, porque vão ser dois jogos fora de casa e sabemos que precisamos evoluir “.
Agenda Tricolor
Passada a euforia da Liberta, agora é hora de focar no Brasileiro. Por lá as coisas não estão indo muito bem para o Tricolor, que já tem duelo marcado para este domingo (27), válido pela sexta rodada, às 18h30, e será contra o Palmeiras, no Allianz Parque.
Por Gizele Mota
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo