O fantástico mundo de Grêmio



Em mais uma atuação ruim, Grêmio perde em casa

Sem dúvidas, a direção gremista e o técnico Quinteros parecem viver em um mundo paralelo, quase um universo fantástico onde tudo está sob controle, e as falhas são apenas “alguns jogos ruins”.

Mas a realidade dentro das quatro linhas é bem diferente. Nesta terceira rodada do Campeonato Brasileiro, o Grêmio tinha um grande desafio pela frente: encarar o Flamengo na Arena. E como já era esperado por grande parte da torcida, deu o óbvio: o Imortal foi derrotado pelo placar de 2 a 0.

  Foto: Lucas Uebel

Mais uma vez, faltou organização tática, poder de reação e, principalmente, atitude em campo. O time não conseguiu impor seu ritmo e viu o adversário dominar, como se estivesse jogando em casa. Enquanto isso, fora de campo, a diretoria insiste em discursos otimistas, como se a tabela e o desempenho não dissessem o contrário.

Há pouco tempo, toda a culpa caía sobre os ombros do técnico Renato Portaluppi. Mas agora, com Quinteros no comando, o cenário não melhorou, pelo contrário, o novo treinador ainda não mostrou a que veio. O que o Grêmio tem apresentado é uma sequência de derrotas e um futebol medíocre, sem brilho e sem identidade.

Mais uma vez, a insatisfação ecoou forte nas arquibancadas e nas redes sociais. O descontentamento da torcida é tanto que nem as “promoções” foram suficientes para atrair o público. No duelo contra o Flamengo, a Arena não chegou sequer a 30 mil torcedores, algo raro para grandes jogos na Arena. 

A derrota empurrou o Grêmio para a 13ª posição na tabela. Embora ainda estejamos no início do campeonato, a parte de baixo da classificação já começa a dar sinais. E em um Brasileirão de pontos corridos, deixar para reagir depois pode custar caro.

O alerta está ligado. É hora de reagir dentro de campo e parar de viver de discursos fora dele. A torcida merece mais do que desculpas, merece raça, entrega e resultados. 

E o jogo ?

O primeiro tempo mal havia começado e aos 3’, com facilidade, Arrascaeta abriu o placar após driblar o goleiro Tiago Volpi. Já era o presságio do que viria pela frente. Se de um lado o Flamengo administrava a partida em busca de uma nova oportunidade, já do lado gremista era de Braithwaite contra todos. O jogo poderia ter mudado de cara aos 14’, quando a bola tocou na mão de Gerson dentro da área, mas a arbitragem não considerou pênalti. Braithwaite e Edenilson até tentaram, mas sem efetividade. 

Na etapa complementar, o Grêmio até no seu momento mais ativo conseguiu ser reativo, e deixou seu adversário confortável para ampliar o placar aos 21’, novamente com Arrascaeta. O Tricolor Gaúcho até realizou algumas aproximações, mas nenhuma certeira. Resumo da obra? O Grêmio ficou no quase. Mais uma atuação sem brilho, sem alma e sem resultado.

Agora pela frente o Grêmio terá o confronto contra o Mirassol, quarta-feira (16), às 19h, fora de casa, no Estádio Municipal José Maria de Campos Maia.  

Por Noara Paz

Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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