Mais um jogo, mais um escanteio, mais um revés


Em jogo na Arena Gregorão, Juventude leva 4 gols do Cruzeiro em mais uma derrota

Neste sábado (12), as Esmeraldas conheceram mais uma derrota no Brasileirão A1. O time bem que tentou, mas não teve força o suficiente para segurar a artilharia cabulosa que fez gols de tudo que foi jeito. Com o grupo um tanto estável frente a um adversário tão organizado, o Juventude não conseguiu tirar nenhum ponto do Cruzeiro e chegou a terceira derrota seguida.

Leonardo Bidese/ECJ

Perder não é o que mais me incomoda. O que me incomoda é perder deixando o jogo fácil para as donas da casa, enquanto Renata tentava proteger nossa meta de um bombardeio de finalizações. As Cabulosas aproveitaram os espaços cedidos pelo Juventude e mostraram serviço diante de Pedro Lourenço, dono da SAF do Cruzeiro, que assistiu ao jogo ao lado de Alexandre Mattos, CEO da Nação Celeste. 

O primeiro tempo já mostrava como o resto da partida se desenharia. Cruzeiro batendo, escondendo a bola e com linhas adiantadíssimas, enquanto o Juventude tentava se infiltrar pelo meio para conseguir um contra-ataque e sobrecarregava as luvas da sua goleira. 

Aos 7 minutos, Gisseli, dona da camisa 8 das Cabulosas, tentou cruzar para dentro da área do Ju e a atacante alviverde Teté defendeu a bola com as mãos. Pênalti para as donas da casa. Renata May espalmou a cobrança de Letícia para a linha de fundo, mas não pôde se manter segura por muito tempo. Com mais um escanteio a favor do Cruzeiro, Gisseli tentou mais um cruzamento e, dessa vez, ninguém meteu  a mão na bola e ela conseguiu alcançar a cabeça de Paloma Maciel. 1×0. 

Cada vez mais as Cabulosas gostavam do jogo, mas o Juventude ensaiava alguma resposta, o que acabou tornando as visitantes bastante faltosas. A falta de Flávia Pissaia no time titular obrigou que Kamille tentasse se virar sozinha lá na frente, visto que as colegas ainda não têm a mesma sinergia que ela encontrou com a camisa 8. Bell Silva tentava proteger o meio campo, sendo alvo de algumas faltas e cometendo algumas também. Mesmo com esse esforço, o Cruzeiro continuou soberano. Aos 36’, em mais um escanteio, Isa Chaves cabeceou para dentro a cobrança de Pri Back, ex-Grêmio. 2×0. 

Leonardo Bidese/ECJ

A volta pro segundo tempo só confirmou o que todo mundo já sabia. A diferença entre as duas equipes não é apenas tática e de experiência, já que muitas jogadoras do Cruzeiro já estão acostumadas com a Série A1. A maior diferença entre as Cabulosas e as Esmeraldas é a resistência física. Enquanto as donas da casa percorriam todo o campo sem demais problemas, as visitantes de tempos em tempos tombavam no gramado com cãibras e falta de ar. Horrível de ver e, honestamente, preocupante.

Aos 14’, a número 3 do Ju, Rayane Pires, tentou acabar com a aproximação do Cruzeiro com um carrinho, porém passou da adversária e acabou levando a bola em suas mãos. Mais um pênalti para o Cruzeiro, dessa vez convertido pela camisa 95, Gaby Soares – também conhecida como Gabygol. 3×0. Nem deu muito tempo de respirar pois, 4 minutos depois, Letícia deixou o seu para fechar a partida em definitivo. Raposa 4, Periquito 0. 

Não existem muitas considerações a serem feitas sobre o jogo. Venceu o time mais preparado, mais resistente e mais experiente. As Gurias Jaconeras tentaram até o último minuto, até a última gota de suor, mas é difícil demais fazer das tripas coração contra uma equipe completa como a do Cruzeiro. 

Pode ser que exista uma luz no fim do túnel – o único medo é que essa luz seja um trem chamado Bragantino vindo para cima do Juventude na próxima rodada. Contra todas as estatísticas, eu acredito é na Papada!

Por Luiza Corrêa

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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