Abençoado seja o camisa 10 do Colorado


No debut dentro de casa pela Copa Libertadores 2025, hat trick de Alan Patrick, vitória maiuscula e liderança do “grupo da morte”

Nesta quinta-feira (10), o Clube do Povo recebeu no Gigante da Beira Rio o Atlético Nacional-COL. Em uma partida de dois tempos significativamente demarcados, o Colorado venceu por 3 a 0, garantiu a liderança do Grupo F e desfrutou de uma belíssima noite de Alan Patrick desfilando seu futebol.

Foto: Divulgação CONMEBOL 

Em casa, pela segunda rodada da LA, o Inter de Roger Machado recebeu uma equipe encardida de se enfrentar. O time colombiano veio para Porto Alegre muito afim do jogo e fez da primeira etapa do confronto um jogo para si. Um time que não se “abalou” no Beira Rio e usou força física como elemento para enfrentar de igual para igual os donos da casa. 

O Atlético fez o time da casa suar e sofrer no primeiro tempo. Com uma imposição importante, a equipe visitante teve boas oportunidades de gol e fez Anthoni e a defesa Colorada trabalharem mais do que se esperava. Em uma rodada em que os ditos favoritos foram surpreendidos, como o Flamengo, que foi derrotado na noite anterior em pleno Maracanã, saber sofrer foi fundamental.

Do lado Alvirrubro, viu-se um primeiro tempo de um Inter ansioso para resolver o jogo e que muito por isso perdeu claras chances de abrir o placar, enquanto os colombianos faziam de tudo para desestabilizar não somente na força e corrida, mas também no mental. 

O intervalo foi um claro divisor de águas. O que foi dito no vestiário por Roger e a comissão alinhou pensamentos e até chakras do Colorado, que voltou lembrando-se que estava dentro da própria casa e que não se admitiria uma noite sem vitória. Com a mente no lugar, o corpo responde muito melhor. 

Assim, com poucos minutos de jogo da segunda etapa, o Inter de Porto Alegre deixava claro que era sua noite. Lá pelos 2 minutos de jogo, Wesley ia invadindo a área adversária e foi atropelado pelo defensor. A arbitragem, que não estava lá em uma de suas melhores noites, assinalou a infração. Penalidade para o Internacional e Alan Patrick inaugurou o placar da noite, placar que seria magicamente todo dele. 

Com o placar aberto, o time verde e branco precisou correr atrás do resultado e em uma noite de orgulhar um ídolo Colorado que nos deixou recentemente, Anthoni fez jus ao brilho dos goleiros que já estiveram sob as traves da Avenida Padre Cacique 891. Um arqueiro que faria o eterno Manga sentir muito orgulho. 

Já fechando o primeiro terço do segundo tempo da partida, Roger promoveu três trocas em dois momentos: aos 15 minutos sacou Carbonero para a entrada de Vitinho; logo mais aos 20’ optou por Clayton e Ronaldo nos lugares de Rogel e Bruno Henrique.

Vitinho entrou para ser caçado em campo e não demorou para que a imposição física se tornasse burrice e desleixo. Aos 23 minutos, Hinestroza teve uma entrada criminosa e após interferência do VAR, o juiz decidiu pela expulsão acertada do jogador. 

10 minutos mais tarde, Vitinho virou alvo outra vez. Dessa vez, o atropelo aconteceu já dentro da área e nova penalidade foi marcada ao Colorado. O camisa 10, o magista Alvirrubro, bateu com frieza, categoria e deboche – há quem diga que Ospina segue procurando a bola.

Enquanto tentava entender o que aconteceu, a defesa visitante mal pôde ver por onde chegavam Bruno Tábata e Braian Aguirre, que tabelaram bonito para o encontro do dono da noite já na beirada do fim do jogo, Alan Patrick, mais uma vez, para selar a goleada e um hattrick merecido. 

Foto: Ricardo Duarte/ SC Internacional 

Em um jogo onde cabeça no lugar se mostrou peça importante à frente da correria e do bate e rebate, o Inter de Roger Machado mostrou mais uma vez que sua invencibilidade, seus resultados, sua força dentro e fora de casa e seu trabalho precisam ser respeitados e, porque não, temidos. 

Por Jéssica Salini

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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