América de Natal conquista o Tri Campeonato Potiguar em grande estilo: quando tudo parece impossível, o América ressurge e mostra que é capaz

O América de Natal é, pela terceira vez consecutiva, o grande Campeão Potiguar! Após 35 anos, o Mecão conquistou o Tri, na tarde quente do sábado (29), no Estádio Maria Lamas Farache, ao vencer os donos da casa pelo placar de 1 a 0, pelo jogo de volta da final da competição, repetindo o feito de 1989. Mas, como sempre, o caminho até o título não foi nada fácil. Estádio lotado, jogo feio, arbitragem fraca, VAR que serviu apenas para a equipe de arbitragem assistir de forma confortável ao jogo.
Diferente do que aconteceu nas últimas partidas, o Mecão entrou em campo determinado a abrir o placar ainda no primeiro tempo para levar a vantagem ao longo do jogo. O início do confronto foi movimentado, já que apenas a vitória interessava a ambos os times. Outro empate levaria a partida para os pênaltis.
A marcação firme e as investidas ao ataque deram uma sensação de controle do jogo nos primeiros minutos. Porém, como todo clássico, a dinâmica mudou rapidamente. O rival logo sufocou o ímpeto do Mecão, retomando o equilíbrio do meio de campo, deixando o jogo extremamente truncado, com muitas faltas e cartões amarelos sendo distribuídos a todo instante. Logo aos 9 minutos de jogo, veio a primeira polêmica: Madison fez cosplay de Edson Barbosa do UFC e meteu um chute no rosto de Rennan Siqueira, mas o árbitro renomado nem falta deu e o VAR se fez de doido.
Na etapa final, o ritmo do jogo continuou o mesmo. O Alvinegro perdeu alguns jogadores por lesão e precisou fazer todas as substituições ainda na primeira metade da etapa complementar, bagunçando alguma estratégia tática de jogo que o técnico Evaristo Piza tivesse montado. Apesar disso, os donos da casa ofereciam mais perigo, porém pecavam na finalização ou esbarravam no paredão Renan Bragança, que acumulava confiança para o que parecia inevitável: as cobranças de pênaltis.
O Mecão conseguiu fazer suas substituições estratégicas, embora, na minha opinião, tardias. O tempo passou, o tempo normal acabou e o placar permanecia inalterado. Porém, no primeiro minuto do acréscimo, mais um heroi improvável apareceu: Hebert, que entrou aos 38 minutos do segundo tempo, recebeu cruzamento de Souza e cabeceou para o fundo do gol, sem chance para o goleiro Felipe Garcia. Hebert, que estava sendo criticado pela torcida alvirrubra e não vinha tendo muita chance no time de Moacir Júnior, se redimiu e se tornou o homem do gol do título, entrando definitivamente para a história do América de Natal.
A festa alvirrubra explodiu nas arquibancadas e nas ruas de Natal. O Mecão mostrou, mais uma vez, que é um time que não se entrega. Que é na adversidade que ele cresce. Que é quando tudo parece impossível que devemos acreditar. Devemos acreditar até o fim, nunca duvidar. Afinal, ser América de Natal é isso: nunca desistir, apoiar sempre.

Agora, com o Tricampeonato Potiguar em mãos, o América se prepara para o novo objetivo traçado para a temporada: o acesso à Série C – talvez beliscar o título da Série D, quem sabe? O América deverá estrear pelo Campeonato Brasileiro no dia 12 de abril, contra o Horizonte, no Ceará. Até lá, vamos curtir nosso título e começar a sonhar com o Tetracampeonato em 2026.
O fogo de artifício da vitória é VERMELHO!
Por Carmen Gabrielli
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.