No Barradão a gente deita e rola!


Para quem queria o Bahia no Barradão, vai ter que aturar (ou surtar)! É Campeão!

Leticia Martins

Nós só temos uma coisa pra falar: É o Esquadrão, não tem jeito! O Tricolor enfrentou o seu maior rival na tarde deste domingo (23), no Estádio Manoel Barradas, e mesmo não jogando bem, conseguiu empatar em 1 a 1 nos acréscimos, se consolidando campeão pela 51ª vez. Esta é a primeira taça de Rogerio Ceni desde que assumiu o cargo em setembro de 2023.

O Esquadrão foi a campo com a vantagem de 2 a 0 construída na Arena Fonte Nova. Assim, esperávamos mais do time, mas a equipe jogou com a vantagem e administrou o duelo. Usando a mesma formação do Bavi anterior, mas mudando a forma de jogar, o Tricolor ofereceu pouco perigo ao adversário. O Bahia não queria correr riscos e abriu mão das saídas com passes curtos. A equipe apostou em ligações para chegar ao ataque e a sensação era de que faltava brilho em campo.

O rival dominou o jogo, e não tardou a assustar, principalmente com Janderson batendo de longe. Por sorte, Marcos Felipe conseguia evitar o pior. Nas nossas poucas oportunidades, o elenco pecava no arremate. Aos 11’, após erro de Baralhas na tentativa de um passe vertical no meio campo, a bola caiu nos pés de Everton Ribeiro, que não aproveitou e perdeu a posse da redonda em seguida.

O jogo ficou truncado e a arbitragem passou a aplicar cartões. O fim do primeiro tempo foi marcado pelo desconforto do Tricolor, que contou com a sorte (mais uma vez) para sair ileso: em cobrança de escanteio, Wellington Rato encontrou Matheusinho, que desviou de cabeça, mas parou na trave. Ufa, pois Marcos Felipe já estava vendido no lance.

Para o segundo tempo, Ceni trocou Ademir por Gilberto, mas o brilho em campo e a posse de bola por parte do Bahia meus amigos, era quase que inexistente. Marcos Felipe continou tendo trabalho. Em lance de Fabrício, o goleiro Tricolor fez ótima defesa. A pedra no sapato tricolor tinha nome, Jamerson, e foi ele quem cruzou aos 13’, para Janderson, de dentro da área, mandar uma bomba de cabeça. Melhor para Marcos Felipe, que fez uma defesaça.

O Bahia resolveu mexer novamente: sairam Caio Alexadre, Everton Ribeiro, William José e Erick Pulga, para as entradas de Acevedo, Erick, Cauly e Kayky. Mesmo com as alterações, quem chegou ao gol foram os donos da casa com Claudinho, que tentou cruzar, mas achou as redes.

Para o desespero da torcida, o Esquadrão permaneceu o mesmo enquanto o rival tentava avançar ainda mais. Tudo piorou quando Cauly recebeu cartão vermelho por bater a mão no rosto de Lucas Halter. Foi o estopim…

A confusão tomou conta do campo e uma briga generalizada, envolvendo até os reservas, com direito a troca de socos entre Caio Alexandre e Zé Marcos, eclodiu. Restou a arbitragem distribuir cartões: Caio e o goleiro Danilo Fernandes receberam cartão vermelho. Chegaram os acréscimos e com os ânimos menos exaltados, a bola seguiu e saiu o gol do título, o gol da tranquilidade baiana: em contra-ataque,  Juba encontrou Kayky, que cortou a marcação e mandou para o gol. A bola desviou e encobriu Lucas Arcanjo, antes de morrer nas redes.

Leticia Martins 

Após o gol, uma nova confusão estourou, desta vez entre comissão técnica e jogadores. Mais perdido que cego em tiroteio, o arbitro apitou o fim da partida e consagrou o Bahia campeão.

Um duelo marcado por provocações e expulsões, mas que coroou o Tricolor. O Bahia chegou a sua 51ª taça do Baianão, 21 titulos a mais que a turma do Barradão. Hegemonia que fala? Melhor, ouvimos o treinador rival dizer que nos queria em sua casa. Visitante indigesto? Claro, das duas últimas finais na casa rubro, duas taças para o Esquadrão. Nos convidem mais vezes, amamos o salão de festas.

O elenco Tricolor terá pouco tempo para curtir o título. Nesta quarta-feira (26), o Bahia enfrentará o Ceará, em jogo atrasado pela Copa do Nordeste. O confronto será na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, às 19h.

Por Gizele Mota e Mariana Alves

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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