A esperança mora na renovação


Com novas peças chave, as Gurias Coloradas se preparam para enfrentar o Bahia em casa

Foto: Lara Vantzen / Internacional

No próximo sábado (22), o time feminino do Internacional recebe o recém subido Bahia no Sesc Protásio Alves para marcar o início oficial da temporada de 2025. Mais um ano capitaneado pela zagueira veterana Bruna Benites, o Inter se prepara para disputar o Campeonato Brasileiro pela sétima vez desde a reabertura do departamento. É sabido que o departamento masculino quitou uma dívida de 15 anos com o pai Danilo de Oxalá para que os caminhos estivessem abertos na hora da conquista do Gauchão. Talvez seja uma grande coincidência – provavelmente é -, mas o número 7, na mesma religião de pai Danilo, marca a limpeza e abertura de caminhos e abençoa o início de novos ciclos, assim como o que as gurias vivem.

O Inter, de 2024 até agora, perdeu pelo menos quatro jogadoras que eram essenciais para o esquema tático do professor Jorge Barcellos: a atacante Priscila, a lateral direita Tamara Bolt, a zagueira Isa Haas e a meio-campista Letícia Monteiro. Contudo, o espaço aberto por elas deu a chance do departamento investir – mesmo com o orçamento menor do que nos outros anos – em contratações que fizessem o time crescer.

O destaque maior talvez seja a chegada da jogadora híbrida Julia Bianchi. Júlia estava jogando no Chicago Starts, na liga americana, decidiu voltar ao Brasil no final do ano passado. Disputada por times como Palmeiras, Flamengo e Grêmio, a volante decidiu que o projeto colorado era o que mais se relacionava com o que ela queria para a temporada. 

Foto: Lara Vantzen / Internacional

As chegadas de atletas chave de times que acabaram rebaixando – como as atacantes Paola, do Santos e Anny Marabá, do Atlético-MG e a zagueira Letícia Debiasi, do Botafogo – se junta com contratações certeiras – como a de Rafa Mineira, ex-São Paulo, e Fefa Lacoste, zagueira da seleção uruguaia – e agregam ainda mais com a profissionalização de crias da base que fizeram toda a diferença na última temporada, como a lateral direita Lorrany. Sem contar a permanência do “paredão” Tainá, da ponta direita Belén Aquino, da lateral esquerda Katrine e da volante Gabi Morais.

No papel, o time é um dos melhores do campeonato. Se ano passado sofremos com a falta de uma centroavante matadora depois da saída de Pri, agora temos Anny. Se sentimos a perda de uma camisa 10 de origem com a saída de Letícia Monteiro, achamos Rafa Mineira. Se lamentamos a saída de Isa Haas com medo de que nossas redes ficassem desamparadas, Fefa está aqui com a maior classe do mundo para nos proteger. 

A escalação provável do professor Barcellos conta com: Tainá; Ketlin, Bruna Benites, Fefa Lacoste e Katrine; Gabi Moraes, Rafa Mineira e Julia Bianchi; Aquino, Anny Marabá e Paola.

Pegar o melhor classificado no acesso à Série A1 não é um trabalho fácil, mas nós temos um plantel que mistura criatividade com disciplina e experiência com novidade. Nossas gurias começaram o ano festejando a conquista do título do Gauchão masculino nas nossas arquibancadas, com o nosso povo. A energia da maior barra do Brasil está com elas e elas sabem da responsabilidade. Independente do que aconteça, estaremos com elas!

Por Luiza Corrêa

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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