Vexame em campo: América é goleado e se complica na final do Mineiro


Com um jogador a menos desde o início, Coelho sofre derrota humilhante e vê título escapar

O primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro foi um desastre para o América. No Mineirão, neste sábado (8), o Coelho foi goleado por 4 a 0 pelo Atlético e praticamente deu adeus ao sonho do título estadual. A equipe até começou a partida de forma equilibrada, chegando com perigo em duas oportunidades, mas tudo desmoronou após a expulsão de Cauan Barros aos 22 minutos.

Foto: Mourão Panda / América

O lance que determinou a expulsão gerou muita polêmica. Na opinião de muitos, assim como na minha, a decisão do árbitro foi exagerada, tornando a partida insustentável para o América. Com um jogador a menos desde o início, o time não conseguiu manter o ritmo e se perdeu completamente em campo.

Antes disso, porém, o Coelho já havia sofrido um golpe duro. Aos 8 minutos, Jori falhou feio ao tentar segurar um cruzamento rasteiro de Guilherme Arana, permitindo o primeiro gol do Atlético. Com a saída de Matheus Mendes, que é atleta do Atlético e que para atuar dependia do pagamento de uma multa de 750 mil por jogo contra seu time, ficou evidente que não há uma reposição à altura para o goleiro titular.

Com o América completamente desorganizado e sem força para reagir, os gols foram se acumulando. Aos 40 minutos, Lyanco ampliou de cabeça após cobrança de escanteio. No segundo tempo, o mesmo Lyanco voltou a marcar aos 15 minutos, e Rony fechou a goleada aos 30’, aproveitando um rebote dentro da área.

A torcida americana, que compareceu em bom número ao Mineirão e fez uma bonita festa no início, se viu obrigada a deixar o estádio antes do apito final, indignada com o que assistia. A apatia do time após a expulsão foi revoltante, e a equipe não demonstrou reação em nenhum momento.

E como se a humilhação dentro de campo não bastasse, o torcedor americano ainda teve que lidar com os jogadores do Atlético respondendo às palavras levianas do presidente Alencar da Silveira Júnior, que antes da final garantiu uma vitória do Coelho. Um aprendizado que, aparentemente, sempre vem da pior forma: provocação antes da hora pode sair muito caro.

Foto: Mourão Panda / América

Agora, resta esperar pelo jogo da volta no Independência, no próximo sábado (15), às 16h30. Mas, com o que foi apresentado, fica difícil acreditar em qualquer chance de reverter esse placar. O América precisa vencer por quatro gols de diferença para levar aos pênaltis ou cinco para conquistar o título no tempo normal. Uma missão que, diante do vexame deste primeiro jogo, parece impossível.

Entretanto, independentemente de tudo, o torcedor americano deve comparecer ao Independência. Seja para torcer, tentar ter fé, ou até mesmo para cobrar, o importante é estar presente. Diferente de outras torcidas da capital, que só aparecem quando o time está ganhando, o torcedor americano tem a hombridade de vestir o verde e preto nas melhores e nas piores. O primeiro objetivo foi alcançado: chegamos à final, e, por mais que o resultado do primeiro jogo tenha sido péssimo, estar na decisão já foi um passo importante. Agora, resta fazer o que sempre fizemos: honrar essa camisa até o fim.

Laura Assis Ferreira 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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