PSG domina, mas Liverpool vence com um golpe fatal
Em muitos esportes, a equipe que faz o melhor jogo vence, mas no futebol isso nem sempre é suficiente. Algumas vezes, a bola simplesmente se recusa a entrar, e foi exatamente o que aconteceu nesta quarta-feira (5), no Parc des Princes, no confronto entre Liverpool e Paris Saint-Germain, pelas oitavas de final da Champions League, que terminou com vitória dos ingleses por 1 a 0.
O Paris Saint-Germain dominou o Liverpool durante quase os 90 minutos, impôs um ritmo intenso e teve inúmeras oportunidades de marcar. Para muitos, os Reds eram favoritos e conquistariam a vitória sem grandes dificuldades, porém, o que se viu foi um Liverpool irreconhecível e acuado diante da pressão francesa e dependendo de um único jogador para sobreviver: Alisson Becker.
Se há algo que o PSG ainda não aprendeu é que na Champions League não basta jogar bem, é preciso saber vencer. Esse é um conhecimento que o time parisiense ainda não domina.
Com mais de 20 finalizações, os franceses controlaram o jogo e deixaram o Liverpool encurralado, mas diante de um Alisson inspirado, todas as investidas foram frustradas. O goleiro brasileiro travou uma batalha particular contra Dembélé e companhia, impedindo que qualquer bola cruzasse a linha do gol.
Nem mesmo Mohamed Salah, o principal nome dos Reds, conseguiu brilhar. Arne Slot, percebendo a noite apagada do egípcio, decidiu substituí-lo na reta final do jogo e foi aí que a história mudou.
Harvey Elliott entrou em campo aos 87 minutos e, com apenas 46 segundos no gramado, no seu primeiro toque na bola, decidiu a partida. A jogada começou justamente com Alisson, que encontrou Darwin Núñez. O uruguaio deu sequência ao lance e deixou Elliott em condições de finalizar. Frio e preciso, o jovem de 21 anos fez aquilo que o PSG tentou incansavelmente, mas não conseguiu: balançar as redes.
O Liverpool, que parecia pequeno diante da superioridade parisiense, saiu do Parc des Princes com uma vitória gigantesca. O PSG, por outro lado, mantém o rótulo de time que “bate na trave” quando o assunto é Champions League. O futebol, mais uma vez, mostrou que não basta jogar bem. É preciso saber vencer. E, nesta quarta-feira, o Liverpool soube.
por Emmy Cardoso
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