De volta à final do estadual somos e seremos nós por nós!


Colorado definiu sua vaga a final do Campeonato Gaúcho em uma grande vitória sobre o Caxias, após 3 anos sem estar na decisão

Foto: SC Internacional 

Na noite quente e carnavalesca deste sábado (1), o Internacional de Roger Machado e sua gente recebeu o Caxias, no estádio Beira Rio, para sacramentar seu lugar na decisão do Campeonato Gaúcho de 2025, um momento importante de voltar a se fazer presente no ápice da competição após 3 anos sem chegar lá.

Com a vantagem de 2 a 0 construída no jogo de ida, o Inter, que começou dominante, sem nenhuma surpresa fez um primeiro tempo de um jogo apático e muito abaixo, um jogo muito mais individual do que coletivo e que terminou a primeira etapa com prejuízo.

A primeira chegada perigosa do jogo só aconteceu aos 17’, numa saída de bola precipitada do Inter, o Caxias foi astuto e do meio de campo partiu rumo ao gol, encontrou Anthoni muito bem posicionado e atento para defender, é verdade, mas a liberdade do lance deu aos adversários – que já vinham na desvantagem – o brilho no olhos de chegar. E se do lado dos donos da casa havia um certo “sentar na vantagem”, ao Grená a boa chance acendeu o jogo. 

O Inter revidou, é verdade, e perdeu poucas – mas boas – oportunidades de estrear o placar, no entanto, entre fome de gol ou capricho, algo faltava ao jogo para o arremate certeiro.

Quase na despedida do primeiro tempo, em um lance interpretativo, o VAR assinalou penalidade para o SER Caxias e, aos 41’, Tomas Bastos converteu e colocou os visitantes à frente. A vantagem diminuía e na arquibancada, ou na frente da TV, o torcedor já calejado sentiu o frio na espinha de novelas passadas. Já na casamata, o professor Roger Machado sabia muito bem o que fazer. 

A volta do intervalo mostrou cedo que este Inter não estava nenhum pouco disposto a deixar escapar por entre os dedos a sua ida à final, uma postura mais aguçada e conjunta deixou a tensão menos perceptível, o Colorado estava no jogo. 

Aos 7min da etapa complementar, Enner Valencia foi ATROPELADO quase que literalmente na entrada da grande área, lance claro e penalidade apontada. O equatoriano mais querido dos pampas foi preciso na conversão, bola no fundo da rede de um lado, goleiro Gustavo de outro. 

E se era o balançar das redes que o Inter precisava para se soltar, o efeito foi rápido. O vira virou veio breve, 10 minutos mais tarde a bola saiu da defesa com Victor Gabriel e encontrou Bernabei, que certeiro alçou uma bola perfeita para Vitinho marcar o segundo gol colorado na noite, um gol de “videogame”. 

Quando a gente fala de sinergia dentro do futebol, entende que o torcedor, do mais discreto ao mais eufórico, da criança de colo, que pouco entende além de sentir o que vive, à senhorinha que encontra o seu lugar preferido,  fazem parte de uma mesma corrente, uma energia vibrante que vez por outra magicamente é capaz de definir até o quique da bola, é como se o bater de um coração na arquibancada ditasse o ritmo da respiração alheia, tal qual um mestre de bateria que entre repiques, bumbos e simples olhares desenha a beleza de um desfile. 

Foto: Ricardo Duarte/ SC Internacional 

A sinergia de um Beira Rio com fé naquilo que há de maior e mais sagrado: o vermelho e branco dita de nós por nós mesmos não somente a celebração do Sport Club Internacional, mas o tamanho de sua força, da grandiosidade de sua existência e assim também empurra a confiança de volta ao seu lugar natural.

Mesmo com placar construído, com o jogo nas mãos, o Inter queria mais e principalmente ele, Enner Valencia, que aos 33min se deixou ser possibilidade para o passe de Aguirre, que foi certeiro e viu o camisa 13 empurrar outra vez a bola nos fundos das redes.

O Colorado ainda ampliou com Lucca, mas um impedimento deixou irregular o gol. O time da casa ainda quis mais, ainda pôs os garotos para jogo, ainda mostrou que o trabalho é sólido e que simplesmente não se chega na construção de uma final por sorteio ou ajuda, a não ser talvez que se tenha uma mãozinha amiga da FGF, mas isso é conversa para outra hora.

Depois de três dolorosos anos, de traves batidas, o Clube do Povo está de volta à decisão!

Por Jéssica Salini 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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