Na Libertadores, segue a sina alvinegra: sufoco e sofrimento!


Corinthians encontra dificuldades, mas, na insistência, supera a UCV e avança na Libertadores

Marcos Ribolli

Após o apito final de Wilmar Roldán, além do suspiro de alívio, martelava na minha cabeça a partida ruim do Corinthians diante dos venezuelanos. Diante de um adversário fraco, claramente esperávamos mais da equipe de Ramón Diáz, mas a verdade é que sofremos mais do que o necessário. Com avenidas na defesa e uma cobertura pífia em contra-ataques, o alvinegro penou, mas superou a UCV por 3 a 2 e avançou na pré-Libertadores.

Com a cabeça cheia diante do que assisti, preferi dormir e esperar as ideias se organizarem para só então escrever. Acordei e me deparei com a ridícula coletiva de Ramón Díaz, afirmando que o “torcedor deveria estar feliz, orgulhoso e comemorar o avanço da equipe”. Penso que assistimos a jogos diferentes, pois para nós resta a desconfiança, e a preocupação com a postura da equipe e não somente ontem, mas nos últimos jogos, sendo com titulares ou reservas.

Ainda que a comissão negue, o Corinthians não vem bem e flertou fortemente com o que seria o maior vexame de sua história. É inadmissível levar 3 gols de um adversário tão fraco. Culpa de Ramón, pois qual a explicação para tanta rotação na defesa? Bidu não passa confiança, Hugo muito menos. Palácios é igual o mestre dos magos, aparece e some na mesma velocidade, não tendo importância alguma para o enredo. Léo Maná já deveria ter sido emprestado – Alô Ceará? Vai mais uma tiriça aí? 

Na zaga, se enfileirarmos as peças, é capaz de chorarmos. Ramalho tem falhado há muito tempo, mas parece que tem cadeira cativa na equipe, afinal, nunca é substituído. Cacá? Felix Torres? Socorro, Deus! Raras exceções são Matheusinho, Tchoca e Gustavo Henrique. Aproveito para questionar: porque Gustavo não é titular?

Diretoria e comissão precisam se mexer e buscar peças de excelência para a defesa, afinal, tomar gol em 14 dos 16 jogos até aqui é preocupante, sobretudo pela sequência de decisões em mata-mata. Só não passamos em branco na janela, porque foram buscar o lateral-esquerdo Fabrizio Angileri, o que é muito pouco para os erros em campo.

Abrimos o placar logo no início do duelo com Yuri Alberto, o que acendeu a esperança de uma partida tranquila. Ledo engano. No lance seguinte, falha. Tchoca rebateu mal e Bidu finalizou o erro, permitindo que Zapata cabeceasse para empatar.

O Corinthians melhorou e sufocou o adversário. Memphis encontrou Bidu para recolocar o Timão à frente. No entanto, mais uma vez a equipe falhou, desta vez com Hugo, que saiu catando borboletas. Adrian Martínez reempatou.

Na volta do intervalo o Corinthians voltou com tudo, tendo as melhores oportunidades. Romero e Talles entraram para buscar o gol, mas o time seguiu falhando. O adversário se fechou e, satisfeito com o resultado, apostou na cera para atrapalhar o jogo. Bateu o desespero, os pênaltis se aproximavam, até que o apagado Garro apareceu e cruzou para Yuri Alberto decidir o duelo, 3 a 2.

Ufa! Mas falta entrosamento, tranquilidade e principalmente, organização tática. Falta um cara que coloque a bola no chão e organize o time, que controle a afobação. Seria a função de Memphis, de Garro, mas ao que parece, os dois estão no mundo da lua. Ainda que tenha dado a assistência, Depay está sim abaixo e não tem entregado a mesma velocidade. É hora do camisa 10 agir como o 10 do Corinthians, se preocupar menos com o extra-campo, com poker, música e Neymar, e focar na equipe que paga o seu salário. Com o trio de ataque alinhado e uma defesa definida, o que já passou da hora, poderemos sonhar com muito mais.

Marcos Ribolli

Não dá tempo de se lamentar. Fim de semana temos decisão no Paulista e no meio de semana voltamos à Libertadores. O adversário será o Barcelona de Guayaquil, no Equador, valendo um lugar na fase de grupos.

Por Mariana Alves

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo 


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