A Classificação que veio no sofrimento


Em noite chuvosa, o Paysandu supera o Porto Velho nos pênaltis e avança para as quartas de final da Copa Verde

Se tem uma coisa que o Paysandu sabe fazer bem é testar o coração da torcida. Podia ser um jogo tranquilo? Podia. Mas o Papão da Curuzu preferiu escrever mais um capítulo de superação em campo, pra ficar na memória do torcedor diante do Porto Velho, pelas oitavas de final da Copa Verde. Assim, após um empate no tempo normal, o Bicolor buscou a classificação nas penalidades máximas. 

Dentro de campo, ainda no primeiro tempo, um roteiro clássico de filme de terror: a chuva na capital paraense tornava o gramado pesado, o time visitante abriu o placar e passava sem dificuldade pelos defensores, criando inúmeras oportunidades para ampliar no marcador, enquanto a reação bicolor não parecia estar a caminho. 

(Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu)

O jogo parecia perdido; a torcida já demonstrava frustração e descontentamento, mas, no segundo tempo, a determinação acompanhou os jogadores na volta do vestiário. Numa cobrança de falta, o Papão da Curuzu empatou o jogo e suspirou como quem lembra: “o dono da casa sou eu”.

Na cobrança de pênaltis que levaria à classificação, o sofrimento não cessou. Os jogadores, exaustos, encararam em campo goleiros que se transformaram em verdadeiras muralhas; nenhum dos lados iria ceder. Cada chute era um misto de esperança e angústia, e a torcida alviceleste ansiava por um desfecho positivo.

E foi aí que ele veio. O capitão, o camisa 3, honrando a atuação brilhante do goleiro bicolor, o zagueiro não fez cerimônias: carregando nos pés a responsabilidade de uma torcida exigente, correu pra bola e bateu com firmeza. Gol. A classificação veio e o alívio também.

O Paysandu segue na competição com a resiliência de quem não sabe desistir, e a humildade de quem sabe que precisa (e quer) evoluir para chegar sempre mais longe.

Por Giovanna Queiroz

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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