Galo faz jogo da vida na luta contra o rebaixamento
Inacreditável o que o atleticano está vivendo com o Galo em 2024, de finalista e vice, da Libertadores e Copa do Brasil, respectivamente, para uma luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Neste domingo (8), o Atlético-MG enfrenta o Athletico Paranaense, às 16h, na Arena MRV e sem torcida. Vale a salvação na primeira divisão, além de sacramentar a falta de respeito com o torcedor.
O time chega nesta última partida na 14ª colocação com 44 pontos e dependendo apenas dele mesmo para não voltar a “bezona” após 10 anos da primeira queda. A preparação do elenco se deu na presença do falso presidente, que tem tempos que não dá as caras para esclarecer algumas coisas à torcida.
Com o Lucas Gonçalves à beira do gramado, já que estamos sem técnico, os prováveis 11 iniciais deverão ser: Everson; Saravia (Lyanco), Battaglia, Alonso e Arana; Alan Franco, Fausto Vera, Scarpa e Igor Gomes; Deyverson e Hulk
Chegamos a 38° rodada, ao fim de mais uma temporada e como eu esperei por esse término. Nem de longe o atleticano está feliz ou realizado, me faltam palavras para expressar o meu sentimento. Fomos do céu ao inferno em questão de menos de 1 mês.
Depois de anos vendo o Galo lutando sempre na primeira página da tabela, me encontro agora rezando e fazendo cálculos contra um rebaixamento, isso tudo depois de chegar a final de três campeonatos. Onde está o erro? Onde falhou o projeto? Pois no papel o projeto deu certo, mas na prática foi um desastre, que culminou na situação que estamos no momento.
Para o 2025 do Galo, somente um nome pode reinar: reestruturação. Essa é a palavra que precisa estar no topo, é necessário espalhar esse sentimento aos quatros cantos do CT e estádio. Essa mudança precisa passar pela diretoria, time e pela torcida.
O time queria vencer, tinha sede de vitória, porém no meio do caminho o gás acabou e a equipe começou a respirar por aparelhos. Salve o Galo, ele é o ar de muitos torcedores, inclusive o meu.
Acaba pelo amor de Deus, vire essa página. Queremos respostas e um ano grandioso. Que essa má fase que insistiu em reinar sobre o Alvinegro possa ser mandada para bem longe. Essa probabilidade de rebaixamento, por menor que seja, precisa servir de aprendizado, o futebol pune.
Eu Thais, em 23 anos de vivência de Clube Atlético Mineiro, reconheço que peguei a parte boa do time se comparado com outros já velhos de bancada e juro que essa está sendo a temporada mais assustadora.
Assustadora no sentido de tanto mau caráter que tem dirigindo esse clube, sem sombra de dúvidas pegamos a pior SAF possível e ainda de uma corja que se dizem atleticanos.
O Galo foi comprado da pior forma possível, tínhamos uma dívida pequena e hoje em dia ela não para de crescer. Além disso, ninguém sabe o porquê e nem como está sendo gerado o dinheiro que entra no clube. Tínhamos um shopping em uma das regiões mais caras de Belo Horizonte, a mesma foi vendida para “ajudar” na quitação do clube, o que não ocorreu.
O Atlético, que era “o time do povo”, se distanciou da torcida e ainda resolveu ir para a última rodada sem seu público na Arena. Eles tiveram a oportunidade de reverter a punição, mas preferiu ir para o jogo mais importante do Brasileiro sem o seu 12° jogador, isso porque falavam aos quatro cantos que o Galo nunca luta sozinho.
As organizadas, que podiam e tiveram várias oportunidades de cobrar um posicionamento desse clube lá no início de campeonato, quando o time era goleado a cada duas partidas, resolveram se vender por tão pouco e ainda por cima se voltaram contra o “povão”, perdendo a grande essência que tinham.
Falei por muito tempo que vendemos nossa alma muito barata por conta de um jejum do Campeonato Brasileiro e essa conta está chegando. Infelizmente, com grandes chances de ter um juros altíssimo, uma mancha vergonhosa na nossa história e novamente com o dedo do Ricardo Guimarães. Esse cara fede o fracasso.
Hora de agarrar aos terços, na fé, supersticiosas e tudo mais que temos direito. Que o elenco jogue com raça, que vença esse jogo, porque o lugar do Galo não é esse e muito menos a segunda divisão. No final de tudo, quem ama o Clube Atlético Mineiro é nós, o verdadeiro povão.
Abençoado seja o Clube Atlético Mineiro!
Por Elluh Ferreira e Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo