Ver o time do Cruzeiro jogar, na era Diniz, significa sofrimento
Cruzeiro e Red Bull Bragantino jogaram no estádio Nabi Abi Chedid neste domingo (1), e ficaram no empate pelo placar de 1 a 1. O resultado mantém o time mineiro fora da pré- Libertadores e o paulista na zona de rebaixamento.
Ser cruzeirense se tornou um pesadelo desde a queda em 2019. Tivemos momentos felizes em 2022, com a chegada do Ronaldo e o título da série B. O time conseguiu sobreviver em 2023, escapou do rebaixamento já no final do campeonato e ainda levou a classificação para a Sul-americana. O retrato do que seria 2024 foi desenhado já no início da temporada com a desclassificação na Copa do Brasil diante do Sousa da Paraíba.
Fernando Seabra, que assumiu o time após as finais do Campeonato Mineiro, conseguiu uma boa pontuação no primeiro turno do campeonato e praticamente o levou para a final da Sul-Americana. Uma sequência de resultados ruins, já no segundo turno, fez com que a diretoria o trocasse pelo Diniz e esse foi, sem dúvida, o maior erro da nova diretoria, que assumiu após a venda da SAF pelo Ronaldo para o Pedrinho BH no final de abril.
O técnico tem um sistema de jogo que não engana nem time de várzea. Os jogadores ficam em um toque de bola improdutivo que causa irritação em qualquer torcedor. E foi o que se viu neste jogo, especialmente no primeiro tempo. A bola ia de pé em pé e nunca chegava ao gol adversário.
O RB Bragantino atacou desde o início e marcou já nos primeiros minutos, com Sasha, de cabeça. O técnico, à beira do campo, xingava até a sombra.
Veio o segundo tempo e Ramiro entrou no lugar do Barreal. O time continuou inoperante. O adversário, a partir da metade do segundo tempo, resolveu se fechar na defesa para garantir o placar. Fernando Diniz resolveu então substituir Lautaro e depois Matheus Vital por Gabriel e Kenji. Os garotos deram um pouco mais de mobilidade ao time, o que acabou resultando no gol de empate, marcado por Ramiro, aos 41 minutos, em um chute após cruzamento de Marlon. O mesmo Ramiro poderia ter virado o jogo no último minuto do jogo.
Enfim, o time carece de um verdadeiro sistema de jogo e de bons jogadores. Kaio Jorge e Matheus Henrique, os poucos que fazem alguma coisa em campo, não jogaram hoje. Isso só piorou as coisas.
Quanto ao Diniz, são duas vitórias em 13 jogos, o que é algo inaceitável. Eu não esperaria o final do campeonato para demiti-lo. É fraco e parece que é ruim de vestiário.
O Cruzeiro volta a campo na quarta-feira (4), quando enfrenta o Palmeiras no Mineirão. Já o RB Bragantino joga em casa contra o Criciúma no domingo (08).
Por Celeste Gonçalves
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.