Em 2024, o torcedor corinthiano tem sofrido desde janeiro e a agonia deve perdurar até dezembro. Com três trocas de técnico, relacionamento sério com a zona de rebaixamento do Paulistão ao Brasileirão e duas eliminações frustrantes, o alvinegro foi massacrando seu torcedor que, por amor a camisa, segue a sua insalubre missão de torcer.
Escrever após uma derrota é difícil, com eliminação é pior ainda. Pairam as questões: onde erramos? De novo isso? O que mais dará errado?
Caçamos culpados. Quem seria? Não há outro se não o falastrão Ramón Díaz. O técnico que disse que não perderia em Avellaneda, perdeu. Viu o time morrer após a virada e teve como solução colocar desenfreadamente atacantes em campo. Quem armaria? Quem organizaria? Ninguém sabe, ninguém viu.
No primeiro tempo, com um bom futebol, poderíamos ter aberto o placar com menos de 1 minuto. Faltou pouco. Com o mesmo volume, em mais um lance de Memphis e Yuri Alberto, caixa, gol do camisa 9. O futebol que tanto pedimos estava diante dos nossos olhos, custava manter o ímpeto?
Num lance bobo, ou melhor, juvenil, Martínez cometeu pênalti. Veio o empate. Dois minutos depois, acredite se quiser, saiu a virada em um lance de LATERAL.
Deixamos escapar uma classificação onde começamos melhor, onde tivemos a chance de abrir 2 a 0, mas sobretudo, onde fomos passivos e omissos, onde levamos um gol na malandragem argentina. Além do controle dos gandulas e de incendiar o estádio, o Racing colocou o Corinthians no picadeiro, e fez dos alvinegros um bando de palhaços que perdidos corriam em círculos. Veio a catimba e as faltas desnecessárias, o que só alimentou os ânimos, porque futebol que é bom? N.A.D.A.
Aos meus 30 anos e tendo já sofrido muito com o Timão, confesso que o desânimo toma conta de mim. É deprimente assistir o time mal armado pela família Díaz. A cada gol comemorado, sobe o medo do empate, da virada, uma afinal, a equipe recua e morre em campo.
Da mesma forma que chegamos a duas semifinais, caímos. Éramos a zebra, os bobos da corte. Sucumbimos. Fomos mediocres diante do Flamengo, e covardes na Argentina.
Mas há algo incalculável e que será a força motriz para evitar a pior das derrotas da temporada, que seria o rebaixamento no Brasileirão. É a FIEL. A que canta, que pulsa, que fica rouca e não para! Seremos nós o combustível para salvar o Corinthians, pois se contarmos com o bobalhão Díaz, morreremos na praia.
É insalubre ser corinthiano, ou seja, faz mal à saúde. Mas o amor é assim…irracional, aceita, perdoa. E nesse vício inenarrável que é ser alvinegro, seguiremos juntos, até o fim!
Eu nunca vou te abandonar!
Por Mariana Alves
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo