Após 11 anos, Galo é finalista da Copa Libertadores da América
Confesso que já se passaram algumas horas desde a classificação do Galo, nesta terça-feira (29), para a finalíssima da Libertadores, após um empate sem gols com o River Plate no, Monumental lotado, e a ficha ainda não caiu.
Após bater na trave e ser eliminado em casa por conta do regulamento, depois de tanto sofrer, finalmente podemos voltar a sorrir. Voltamos a uma final de Libertadores, em busca do tão sonhado bi da Glória Eterna.
Acredito que, apesar da vantagem por 3 a 0, conquistada no jogo de ida, em nossa casa, o medo de todo atleticano era como seria a postura adotada pelo técnico Milito e seu elenco na partida de volta, contra quase 90 mil torcedores adversários, enfrentando uma atmosfera absurda.
Mais uma vez, Gabi Milito tinha um plano, e, mesmo mandando a campo um time bastante ofensivo, o Galo soube se defender das poucas grandes chances do adversário.
Quase sempre, os destaques vão para os atacantes, mas, dessa vez, fica impossível de não enaltecer a postura do sistema defensivo, que foi impecável durante todos os 90 minutos. Em mais uma noite brilhante de Everson Felipe, fica o sentimento de como é bom ter um goleiro de verdade debaixo das traves, fazendo defesas absurdas. Até te recomendo para ver os lances do meu arqueiro.
Que achado do Milito em colocar o Bataglia na zaga! O cara não perde uma e é sempre muito seguro no que faz. Graças aos céus, temos de volta o Xerife Alonso de 2021, e como é bom ver um torcedor dentro de campo, como o Lyanco.
O Galo em Buenos Aires, fez aquilo que deveria ser feito, deixou a bola para quem precisava dela (mas que foram muito fraquinhos na eficiência) e administrou a vantagem que tinha. Aulas de defesa do meu treinador, sem precisar colocar até a mãe na defesa.
Só para não deixar passar em branco: tivemos um empate porque, caprichosamente, a bola do Scarpa bateu na trave do adversário, tirando o que seria o maior golaço dessa Libertadores, sem nenhum clubismo.
Classificação para a final de quem mereceu, de quem lutou desde a fase de grupos carimbando a segunda melhor campanha geral. Classificação de quem soube aproveitar as oportunidades do jogo, de quem fez o papel de casa todas as vezes que foram necessárias.
Desde a derrota nas quartas, davam o Galo como um time qualquer, e que logo seria eliminado pelo poderoso Tricolor das Laranjeiras ou pelo grande River do Gallardo. Sinto dizer que vão ter que engolir o Gigantesco das Alterosas na final, e, se a Libertadores é tradição, nós temos, e muita!
O outro lado sabia que não ganhariam na bola e apelaram para o que mais sabem fazer: racismos e violência, que a Conmebol, mais uma vez, irá fingir que não viu porque é time Argentino.
A final dos sonhos, no estádio dos sonhos, com o time dos sonhos, terá que ficar para uma próxima, porque o Gabi tinha um plano.
Como é bom ser Galo, como é inenarrável viver esse sentimento novamente. Nos davam como “mortos” com uma temporada ruim, estamos simplesmente em duas finais importantíssimas.
O Galo é o bicho, e é para quem acredita! Sabemos que o adversário da final será difícil, mas buscaremos, e muito, esse tão sonhado Bi da Libertadores.
Sem tempo para muita coisa, o elenco já tem pela frente a primeira partida da final da Copa do Brasil, contra aquele time de vermelho do Rio de Janeiro, neste domingo (3), às 16h, lá no Maracanã.
Eu te amo Clube Atlético Mineiro, e sempre “Valeu a pena, Galo!”
Sentimento, amor sincero ao alvinegro!
Por: Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo