TIME COVARDE MERECE O ACESSO?


Após recuar o time na etapa final, Coritiba leva a virada do América no Indepa

JP Pacheco/Coritiba

A pergunta que não quer calar: time covarde, com atitudes covardes e medo de vencer, merece um acesso a série A? Sabemos bem a resposta…

Nesta sexta-feira (4), o Coritiba foi até Belo Horizonte enfrentar o América, na Arena Independência, em partida decisiva e válida pela 30ª rodada do Brasileirão – série B. O time alviverde chegou a abrir o placar, mas levou a virada do Coelho – que venceu por 2×1 – e vê o sonho do acesso cada vez mais distante.

Ah, que saudade de ver um time que busca a vitória e não para de lutar, né? Pena que isso no Coxa se tornou apenas letra de música de bancada. O roteiro já sabemos de cór: o time começa bem, joga de igual pra igual seja dentro ou fora de casa, chega ao gol e… o ônibus da retranca entra em ação. Com isso, o adversário cresce, cresce, cresce e o final do filme é apenas mais do mesmo!

Com a derrota, o Verdão amarga a décima posição com apenas 41 pontos – a seis do G4 – e fica cada vez mais distante do desejado acesso na temporada. Pelo visto, a SAF já desistiu de 2024 e planeja 2025, novamente, em uma divisão que não condiz com a grandeza do clube.

O JOGO

Para a partida, o técnico Jorginho não contou com o atacante Lucas Ronier e com o volante Sebastián Gómez, ambos suspensos. Assim, o treinador escalou a equipe da seguinte forma: Pedro Morisco, Natanael, Mauricio Antônio, Benevenuto, Bruno Melo, Zé Gabriel, Vini Paulista, Josué, Matheus Frizzo, Robson e Júnior Brumado.

O duelo, considerado como direto pela briga para o G4, iniciou equilibrado e movimentado. O América, jogando em casa, defendia a sua invencibilidade – a equipe não perde desde novembro de 2023, quando foi derrotada para o próprio Coritiba, ainda na série A. O Coelho obteve mais posse de bola, mas esbarrava na marcação do Coxa.

O time alviverde conseguiu abrir o placar aos 17 minutos, após bela jogada de Josué. O meia encontrou Natanael, que bateu cruzado e a bola foi para o fundo das redes, sem chances para o goleiro da casa. 1×0 Coxa, com gol do piá do Couto, dono do bigode mais bonito do Brasil.

Natanael comemora muito seu gol. Foto: JP Pacheco/Coritiba

O Cori queria mais. Logo em seguida, em cruzamento de Junior Brumado, Robson quase ampliou, mas não conseguiu alcançar a bola. O jogo ficou “lá e cá” e ora o Verdão desperdiçava, ora o Coelho. Rodriguinho chegou a ficar cara a cara com o gol livre, mas mandou para fora. Na sequência, Robson arriscou na entrada da pequena área e mandou para fora. Assim terminou a primeira etapa, com o Coxa à frente do placar.

Veio o segundo tempo e com ela o medo da tradicional recuada “a la Jorginho“. E sim, amigos, ela veio. O time se acomodou na defesa tentando garantir a vitória e, com isso, o adversário cresceu na partida e chegar ao gol era questão de tempo – só não fez antes porque ou os caras perderam a chance, ou a trave impedia, ou Morisco, como sempre, brincava de ser heroi.

É aquilo né? Água mole em pedra dura… o gol de empate do América veio aos 23 minutos, com uma pintura de falta de Rodriguinho, que se redimiu após perder algumas chances. O Coelho não queria o empate e buscou a vitória, e ela chegou: aos 40′, em um ataque da equipe mineira, a bola acertou a trave e, no rebote, Matheus Davó marcou. Fim de papo, 2×1.

A matemática ainda permite o acesso, mas ele se tornou praticamente impossível. Faltam apenas oito rodadas para o fim da competição e, graças a uma pífia campanha no primeiro turno e a postura de time covarde em partidas humanamente possíveis de vencer, o que nos resta é torcer para o péssimo ano de 2024 acabar.

Obrigada, Treecorp!

O próximo duelo agora é apenas no dia 13/10, um dia após o aniversário de 115 anos do clube, contra o Amazonas, no Couto Pereira.

Por Viviane Mendes, coxa doida de coração.

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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