É O DEYVINHO DA PISCADINHA!


Galo faz valer o fator casa e elimina o Tricolor das Laranjeiras 

Clube Atlético Mineiro/Pedro Souza

Na minha casa mando eu e aqui Tricolor não se cria! 

Jogando diante da massa, o Galo fez o dever de casa nesta quarta-feira (25), ganhou do fraco Fluminense por 2×0 e está de volta às semifinais da tão sonhada Copa Libertadores.

Tem um narrador em BH com um belíssimo bordão que diz: “Eu te pergunto meu Deus do céu, porque tem que ser tão sofrido assim pra esse povo preto e branco?”.

De fato a dúvida é essa, porque tanto sofrimento quando se trata do Gigantesco das Alterosas?! E o pior é que a torcida ama esse sentimento que fica após vitória com resquícios de sofrimento.

Jogando na Arena MRV, o Galo de Gabriel Milito tinha a missão de reverter o placar negativo que veio das terras cariocas após perder por 1×0, e bater o tricolor de lá por no mínimo um gol de diferença para levar a decisão pela vaga para os pênaltis. As horas nesta quarta-feira pareciam não passar, a ansiedade tomou conta de todo mundo e a vontade era de descer para nossa casa o mais rápido possível, ou se juntar com os amigos para acompanhar a partida.

Quando a bola rolou, tivemos um Atlético totalmente superior, buscando balançar as redes o quanto antes. A torcida empurrava das bancadas, o time correspondeu em campo e a pressão resultou em chances perdidas, até que veio aquele maravilhoso apito de penalidade máxima.

A massa alvinegra clamava um nome só: “Hulk, Hulk, Hulk”. O mesmo foi para a batida e, em um chute fraco, acabou parando no arqueiro adversário. 

Sorte nossa que o time não sentiu esse pênalti perdido e continuou a blitz em busca do primeiro gol, que não veio mesmo após uma “bomba” na trave do Bataglia, e várias outras chances perdidas do Galo.

Vale a pena frisar que antes da equipe descer para o intervalo, Milito teve que mexer no time após lesão do Bernard, e no seu lugar entrou o predestinado Deyverson.

Clube Atlético Mineiro/Pedro Souza

Voltamos à etapa final no mesmo ritmo dos primeiros 45 minutos: pressão alvinegra, enquanto o adversário nem via a cor da bola. 

Depois de tanto criar, as redes finalmente foram balançadas e a torcida pôde enfim soltar o grito de gol em uma cabeçada do dono da 9, Deyverson, após um grande cruzamento de Gustavo Scarpa. Gol do alívio, agregado igualado, gol que “tranquilizou” a torcida, pois o time não estava mais sendo eliminado e a partida estava se encaminhando para os pênaltis.

O Galo continuou tomando conta da partida e teve outras duas grandes chances de ampliar o marcador com Paulinho, mas aí o dono da 10 fez aquilo que sabe de melhor e perdeu duas chances inacreditáveis.

A partida se encaminhava para o fim, Gabi Milito segurou mais o time para evitar levar um gol desnecessário e a torcida já se preparava para as temidas penalidades, até que novamente brilhou a estrela de Deyverson, no cantinho esquerdo, levando a massa alvinegra à loucura e levando o Galo de volta às semifinais da Libertadores após 3 anos.

Com o placar já garantido, restou ao Galo usar a experiência de segurar a partida, e mesmo com os acréscimos intermináveis do juiz, a classificação ficou com o gigantesco Clube Atlético Mineiro!

Como é maravilhoso ganhar. É inenarrável o sentimento pós classificação em uma partida sofrida como essa, e como é gratificante ganhar de time fraco, pequeno e de torcida soberba. 

Arrotaram arrogância de que já estavam classificados após vencer o primeiro jogo, novamente vieram com o discurso de que “o Atlético não está em um bom momento”, e agora amargam uma eliminação com os tais craques no bolso da minha zaga.

Ao grande freguês Fábio, se for chorar, por favor mande áudio. Troca de time, mas a freguesia continua, 100 gols levados, pena que viu só 99, pois estava de costas para um.

Deixando para o final, mas não menos importante, é impossível deixar de falar de mais uma aula que a torcida deu dentro e fora de campo. Torcida que joga junto ao time, ganha jogo. Como explicar o futebol?! Me faço essa pergunta todos os dias e todos os dias eu descubro algo a mais nesse quesito.

Meses atrás, vimos uns atleticanos que até então pediam a saída do Milito, e agora eu vejo a mesma torcida comemorando uma classificação que veio exatamente de um bom trabalho do treinador. O futebol é tempo, é prazo e muitas vezes esse prazo não é imediato. Deixa o Hermano trabalhar. 

Quando eu era criança, aprendi a amar o Galo por causa da sua torcida e foi essa massa que me fez amar o meu time. Foi com o apoio dessa mesma torcida que saiu a classificação dessa noite. Que festa linda, “que festa mais maneira é a torcida Galoucura!”

O apoio começou na véspera desse duelo, quando a principal organizada do time foi na porta do CT mostrar que apoio nunca irá faltar e que o Galo nunca estará sozinho. Foi ali, naquela noite, que garantimos nossa classificação.

Obrigada Deus por ter me feito atleticana, não poderia ter nascido sem fazer parte dessa torcida, como é bom pertencer! 

Nosso adversário das semifinais é o River Plate. Até lá, o time volta a campo no próximo sábado (28), às 18h30, diante o Palmeiras, lá em São Paulo, pelo Brasileirão.

Sentimento, amor sincero ao alvinegro!

 Por: Elluh Ferreira e Thais Santos

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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