O PESO DA DOLOROSA DESCLASSIFICAÇÃO


Fortaleza sofre duas derrotas para o Corinthians e dá adeus à Sul-Americana

Foto: Matheus Lotif

Quando o Fortaleza retornou à Sul-Americana, uma das metas era tentar brigar novamente pelo título que escapou em 2023 e, de início, sabia-se que a tarefa seria difícil. Com Boca Juniors no mesmo grupo, o Tricolor do Pici aplicou uma goleada sobre os argentinos dentro de casa, classificou em primeiro e despachou o Rosário nas oitavas.

Reencontrou-se novamente com o Corinthians, que havia derrotado nas semifinais de 2023 num feito histórico para o clube cearense. Mas fase é fase e camisa é camisa. Neste ano, o time paulistano não só quebrou a invencibilidade do Leão em casa, como aplicou um sonoro 5×0 no placar agregado garantindo uma classificação incontestável.

E fica a pergunta: Por que o Fortaleza oscilou tanto esse ano? Tanto na ida como na volta o time simplesmente abriu mão de jogar tendo atuações pífias, principalmente no Castelão. Precisando reverter o resultado na Neo Química Arena, o que se viu foi um time apático sem poder de reação, deixando ainda mais um questionamento no meio da torcida.

A partida pelo Campeonato Brasileiro onde o time jogou um futebol impecável aconteceu no meio das partidas de mata-mata da Sul-Americana. O que explica a inofensividade e ineficiência do time em jogos decisivos? Principalmente se tratando desse campeonato que foi colocado como o grande objetivo da diretoria, comissão técnica e jogadores.

Tirando o goleiro João Ricardo, todos os atletas do elenco pareciam não entender que o time entrou perdendo. Nem cabe citar nome a nome porque é perda de tempo, então, de pronto, já digo que todos estiveram ridiculamente abaixo. Sabe o mais interessante? O time vai jogar o Brasileirão e voltar a jogar o fino do futebol. E isso é o que mais irrita a torcida, por saber do potencial técnico e mental do elenco. Criando assim mais 100 dúvidas na cabeça do torcedor que tenta entender a patifaria que foi esses dois jogos pelas quartas de final.

Uma eliminação que não tira o mérito do adversário, mas abre dúvidas de o porquê o time de Vojvoda se portou tão ridiculamente em campo. O que chama mais a atenção é a maneira e a postura (ou falta dela) nesses últimos jogos. Não sei se displicência seria a palavra certa, mas deixa claro que covardia, pelo menos para a torcida, é inaceitável. Que pelo menos caísse de pé.

Chega de campanhas, quem quer ser lembrado não o é por boas campanhas. Se o Fortaleza quiser ser respeitado ele precisa comemorar títulos e não mais trajetos e jornadas. E o pior é saber do potencial que o time tinha para ir longe. Ficam as dúvidas e o amargor no coração dos torcedores na espera de finalmente lograr fisicamente a grandeza que o Fortaleza já tem nos nossos corações.

Por Sara Cordeiro

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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