Fora de casa, Esquadrão de Aço é batido pelo Fortaleza por 4×1
O clássico nordestino entre os Tricolores, Bahia e Fortaleza, disputado no Castelão, protagonizou uma goleada elástica para o Leão do Pici. O apático Bahia sofreu 4 gols e só marcou 1, em partida válida pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2024.
Sabemos que o projeto do Bahia é para logo prazo, mas meus amigos, o que tem acontecido com esse elenco? O time tem um dos melhores elencos da competição, mas tem jogado bem aquém do esperado. O esquema está repetitivo e manjado para os adversários.
Com um pouco a mais do que o dobro de passes do Fortaleza, mais uma vez, o Bahia não soube o que fazer com a bola no pé. Foram 652 passes do time baiano contra 380 dos donos da casa, mas toque de bola bonito não ganha jogo, o que ganha jogo é bola na rede, já dizia meu avô.
O Bahia tem sido facilmente estudado por seus adversários já que insiste em muitos meio-campistas. Assim, basta subir a marcação e descer em contra-ataques para neutralizar o meio do Esquadrão. Claro que não é fácil, mas quem consegue, marca gol, isso é fato e vem se repetindo.
Com um toque de bola sem verticalidade, sem velocidade e sem propósito, o Bahia tem sido facilmente neutralizado por seus adversários. Sabemos da qualidade de Rogério Ceni como técnico, mas o professor segue insistindo com uma escalação que já deu certo, porém hoje não dá mais. Não estamos falando de novas contratações e sim de rodagem do elenco meus caros leitores, independente de limitações ou não.
O time baiano segue “improvisando” jogadores em posições que não são as suas de origem, vamos lá: todo jogo entramos com 6 meio-campistas, (Everton Ribeiro, Thaciano, Juba, Caio Alexandre, Jean Lucas e Cauly). Thaciano já deu certo como atacante, mas o cara já cansou. O homem é cabeça de área raiz, sem falar em Eve. A maioria das críticas da torcida do Bahia contra o Everaldo são injustas, o homem é CENTROAVANTE e não atacante de beirada, e já mostrou diversas vezes que se estiver na cabeça da área faz gol, como neste clássico onde marcou um belo gol, chegando so seu 9⁰ no Brasileirão 2024. O homem tem que jogar na sua posição, improvisado já marcou 9, imagina como centroavante real?
Aí eu me pergunto, aonde está a clássica escalação de futebol???? Com o goleiro, os zagueiros, volantes, laterais meio campista, ponteirinhos para dar velocidade a esse time LENTO e o centroavante na sua posição? Chega de “falso 9”. Gente, o Juba tem sido regular como lateral? Tem! Mas o cara chegou como meio atacante e está sub utilizado como lateral. Cadê os laterais que temos no elenco? Bora rodar!
Que o atual elenco tem jogadores bons, isso tem, mas será que todos, obrigatoriamente, tem que ser titulares? Óbvio que quem dirige o elenco sabe do dia a dia do clube, mas insistir no erro é burrice. Digo de “peito aberto”: essa humilde cronista/comentarista é fã de Rogério, mas professor CHEGA de IMPROVISO!
O JOGO
Primeiro tempo
A partida começou equilibrada e bem estudada, mas o que ganha jogo é bola na rede. No desenrolar da primeira etapa, os donos da casa se mostraram mais ofensivos e objetivos, enquanto que o Bahia seguiu tocando bola para os lados e sem velocidade alguma. A marcação do Fortaleza apertou, subindo suas linhas e chegou a seu primeiro gol aos 26 minutos de jogo. Marinho recebeu na direita do ataque, cortou três defensores do Bahia e marcou um golaço!
O time visitante respondeu na sequência e o jogo não parecia que seria o desastre que foi. Zé Welisson saiu jogando errado, Cauly recuperou e tocou para Everaldo, que chutou colocado sem chances para o goleiro João Ricardo. Um golaço, tudo igual 1×1.
No entanto, os donos da casa reagiram rapidamente, marcando mais um gol para se recolocar a frente do placar. Mais um do camisa 11, Marinho, que avançou na esquerda da defesa do Bahia, cortou para dentro e chutou colocado no canto esquerdo de Marcos Felipe. 2×1 Fortaleza.
Segundo tempo
Vamos “dar a Cezar o que é de Cezar”. Bem verdade que o professor Rogério tentou mudar o jogo com algumas mudanças logo no início do segundo tempo, mas o adversário seguiu bem no jogo. Aos três minutos do segundo tempo, Arias fez boa jogada com Everton Ribeiro pela direita, que cruzou para Ratão dentro da área, mas ele teve o chute bloqueado pela defesa do Fortaleza.
O Tricolor de Aço seguiu apático, bem verdade também. Mudamos alguns jogadores, mas continuamos com o mesmo esquema tático o que no “frigir dos ovos” deu no mesmo, mais toques de bola para o lado. O Bahia seguiu com pouca ofensividade, pouco agressivo e nada vertical.
Os donos da casa seguiram subindo em velocidade e com um toque de bola objetivo, ampliaram o placar. Depois de uma saída de bola displicente do Bahia, Kayzer roubou a redonda e tocou no meio para Pochettino dominar e chutar para fora, mas ele reclamou de pênalti sofrido de Caio Alexandre. Após revisão do VAR, a penalidade foi marcada. Pochettino cobrou, Marcos Felipe defendeu e no rebote o time displicente, apático e lento não conseguiu ajudar seu goleiro. Digo isso, pois quando a bola foi defendida por Marcos Felipe, o Fortaleza em um piscar de olhos já tinha 4 homens dentro da área para esperar o rebote, enquanto que o Bahia não tinha nenhum jogador. Assim, a bola sobrou para o próprio Pochettino dominar e mandar para as redes. 3×1 para os donos da casa.
E aos 43’ o Fortaleza fechou o caixão, gol de Renato Kayzer! Virou goleada! Pikachu recebeu lançamento de Tinga na intermediária e acionou Martínez, dentro da área. O meia deu um passe de calcanhar e deixou Kayzer livre para estufar as redes. Sem tempo para reação a partida acabou Fortaleza 4, Bahia 1.
Com o time perdido em campo, sem saber converter sua posse de bola em oportunidades para finalização, o Bahia perdeu para seu rival Fortaleza. Com o resultado, o Esquadrão segue momentaneamente em 6º lugar na tabela com 42 pontos, enquanto o Fortaleza volta ao 2º lugar, com 52 pontos.
Próximo jogo
O Bahia terá pela frente o Criciúma no próximo domingo (29), às 18h30, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova em jogo válido pela 28⁰ rodada do Brasileirão. Já o Fortaleza encara o Corinthians na terça-feira (24), às 21h30, em jogo válido pela Copa Sul Americana.
Por Suzane Pinheiro
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