Em jogo difícil, Fortaleza vence o Central de virada e se classifica para as quartas da Sul-Americana
A atmosfera promovida pelas mais de 50 mil vozes na Arena Castelão dava o tom do que seria o jogo já no hino nacional brasileiro cantado à capela. Nunca perdemos para equipes argentinas dentro de casa na Sul-Americana e não seria dessa vez. No mosaico “o sonho vive” e a taça da competição mostravam o objetivo.
O Fortaleza precisava apenas de uma vitória comum para garantir a classificação para as quartas de finais do certame, mas quem abriu o placar foi o time adversário no início da segunda etapa. Sem se deixar temer, a torcida seguiu apoiando e, como diz a letra do hino Tricolor “sem demonstrar cansaço”, o Leão empatou logo em seguida com Lucero, el Gato, logo no seu retorno após se recuperar de uma pequena lesão.
O jogo era truncado e com uma arbitragem que, de tempo em tempo, picotava a partida. O Fortaleza de 2020 certamente não teria frieza para virar um placar reverso, mas foi provado que a mentalidade se fortaleceu juntamente com a casca que o clube vem criando em competições internacionais.
Não seria aqui. Não na nossa casa e não dessa vez. As alterações feitas por Vojvoda mudaram completamente a postura do time em campo. O Leão virou o jogo com Pikachu e o som da torcida nessa hora dificilmente vai sair da minha memória. Um completo estado de êxtase tomou conta das arquibancadas, enquanto o time seguia com a mente fria dentro do gramado. Faltavam poucos minutos. Era só segurar o resultado.
Uma das coisas que mais gosto no estádio é quando a torcida está cantando uma música, o gol sai e todos seguem cantando mais alto ainda numa loucura generalizada. E foi assim que Lucas Sasha selou a vitória nos acréscimos, ao som de “ah, que bom você chegou, bem vindo ao Tricolor… vermelho, azul, anil.”
O Fortaleza se mostrou um time cada vez mais resiliente. Em total sintonia dos jogadores, com a comissão técnica e a torcida, o Leão se classificou para as quartas de final da Sul-Americana e irá enfrentar o Corinthians. Já dizia a frase no mosaico “o sonho vive”. A taça que chegou tão perto e não veio segue como desejo e será perseguida até vim ao Pici. Obrigada por esse momento, Fortaleza.
Por Sara Cordeiro
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