Parece piada, replay, castigo, maldição, mas outra vez o futebol do SCI acabou 10 minutos mais cedo
Dentro de casa o Internacional recebeu na tarde deste domingo (4), nada menos que um dos aspirantes a mais um título do Campeonato Brasileiro. Inter e Palmeiras se enfrentaram no Beira Rio em uma partida que terminou em 1 a 1 e com mais uma dose de um gosto amargo de desatenção.
Domingo chuvoso, molhado e chato na capital gaúcha com um jogo que sempre se faz muito importante no campeonato. No primeiro turno, o Internacional venceu a SEP em São Paulo. E o que seria mais simbólico de uma tão esperada retomada do que vencer um adversário sempre imponente? Parecia e pareceu por muito tempo da partida que a felicidade iria acontecer.
O Palmeiras começou assustando logo no segundo minuto de jogo. O time de Abel Ferreira arriscou no primeiro lance e mostrou o cartão de visitas obrigando Rochet a fazer uma boa defesa logo de cara. A resposta veio de contra-ataque e o time da casa deixou a entender que queria muito aquela vitória.
Cheio de sustos e quases, a bola aérea não demorou a se tornar castigo ao time da casa. Abençoado seja o impedimento que fez com que o gol marcado pelo Alviverde já aos 7 minutos fosse anulado. Com a bola na rede sem valer nada o susto parece ter dado um choque no time Colorado, que foi se ajustando e passou a se impor no ataque, foi ocupando espaços, buscando brechas, apertando o time paulista a se defender.
Nessas de “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, um bate e rebate na grande área deu a Bruno Henrique a oportunidade de um belíssimo gol aos 34’ colocando o Colorado na frente.
Apesar de ter reencontrado o caminho do gol, o Inter segue completamente alérgico a matar o jogo, assim empilhou oportunidades na primeira etapa e fez do goleiro Weverton peça principal da etapa inicial.
Para o segundo tempo quem parece ter “acordado” foi o time visitante. Abel mexeu no time e se tornou ainda mais “incômodo”. O caminho até o gol do time palestrino se tornou mais longo, dificultoso e cheio de obstáculos. A cada minuto do segundo tempo a bola defendida pelo goleiro palmeirense com o punho se tornava mais cara na conta do time de Roger Machado.
Parecia, parecia mesmo que os deuses finalmente haviam olhado por nós. A bola por cobertura que Rochet defendeu, o lance que triscou na trave e o erro de quem nunca erra no frente a frente ao goleiro deram a esperança de que enfim o torcedor poderia respirar aliviado com uma vitória que parece algo cada dia mais distante e impalpável.
O cheiro de lombo assado já se dissipava no ar quando o apagão dos dez minutos finais chegou e a conta dos gols perdidos também. Aos 43 minutos Rony, que havia acabado de entrar na partida, deixou tudo igual no placar e afastou os ventos da alegria da beira do Guaíba. Assim, outra vez o Colorado vê a água se “aproximar da bunda” quando olha para baixo na tabela e vê equipes que fizeram um primeiro turno muito abaixo se recuperando, enquanto rema nas próprias frustrações.
Me juraram que a troca de comando técnico era mesmo a única solução, mas parece que não é tão simples assim…
A próxima partida do Inter será mais uma vez em casa, no domingo (11), contra o Athletico-PR, às 19h.
Por Jéssica Salini
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.