Nos pênaltis, Fortaleza bate o CRB e sagra-se Tricampeão da Lampions
Saudações aos campeões do Nordeste. Três vezes Leão, três vezes Fortaleza, três finais e três títulos. O Tricolor do Pici sagrou-se campeão da Lampions de maneira dramática. Após perder por 2×0 no tempo regulamentar, a partida disputada neste domingo (9), no estádio Rei Pelé, foi para os pênaltis e o time comandado por Vojvoda venceu por 5×4.
Eu poderia falar da péssima postura do time, falar da campanha ruim no primeiro turno e elogiar o CRB? Poderia. Mas não é hora de cornetar. Hoje, essa coluna é para celebrar mais uma taça que irá para a galeria do Colossal Leão do Pici. Não irei gastar espaço falando da postura do Vojvoda ou rasgar seda para a equipe adversária (isso eu já fiz no X/Twitter).
Acontece que a camisa pesou e a tradição dos deuses do futebol pendeu para o nosso lado. O time que entrou em campo contava com: João Ricardo, Britez, Cardona, Kuscevic, Bruno Pacheco, Pochettino, Pedro Augusto, Hércules, Lucero, Moisés e Yago Pikachu.
O CRB começou o jogo com bom volume (já que precisava reverter o placar contrário de 2×0 na ida). Antes dos 5′, Moisés sentiu lesão muscular e precisou ser substituído por Machuca. O Fortaleza tinha dificuldades de criar jogadas, enquanto os donos da casa criaram mais oportunidades de abrir o placar. Machuca teve boas chances de ampliar a vantagem do Fortaleza, mas matou dois contra-ataques.
A partida seguia intensa com cartões amarelos para ambas as equipes. Ainda no primeiro tempo, o Leão chegou mais duas vezes ao ataque e parou no goleiro Matheus Albino. Na segunda etapa, o time da casa seguiu pressionando na busca pelo resultado.
Já passada a metade do 2⁰ tempo, o jogo tomava tons dramáticos. Os mais de 2 mil tricolores em Maceió apenas torciam para que o tempo passasse. Aos 21′, o CRB abriu o placar, aumentando o drama Tricolor e inflamando os regatianos. Esse resultado ainda dava o título ao Fortaleza, que não jogava bem e seguia levando pressão dos donos da casa.
Aos 41′, o time alvirrubro fez 2×0, placar que levava a final para os pênaltis e nessa hora todo o terror das últimas decisões por penais passou pela cabeça dos torcedores do Leão. O Fortaleza se segurava da maneira que dava. Chutão para frente, faltas providenciais e Rossetto expulso. Era torcer para o tempo passar já que o time de Vojvoda nem tentava mais se lançar ao ataque.
Com o fim da etapa regulamentar, o roteiro melodramático seguia. Era hora de apelar aos santos e a todas as forças divinas. Pênalti não é loteria, é competência e não importa como o time chegou ou como se portou durante o tempo normal. Valia título, valia fazer valer o peso da camisa, valia a tradição e a hegemonia do Nordeste.
Anselmo Ramon perdeu a primeira cobrança para os donos da casa. O CRB converteu todos os demais pênaltis, mas não contava que o Fortaleza também teria 100% de aproveitamento. Pikachu beijou a bola e… caixa. Dos pés de Yago veio a bola do título, a bola do tricampeonato, a bola da tão sonhada taça, para extinguir todos os fantasmas das penalidades.
O Fortaleza é TRI nas cores e TRI da Lampions. Três finais e três taças. Essa é mais uma para o torcedor tricolor guardar na memória. O Nordeste mais uma vez é nosso! Não esqueçamos a difícil saga até aqui, o atentado contra nosso plantel ainda na primeira fase e tudo o que foi superado.
Em entrevista ao final das comemorações, o CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, declarou: “Em 2017, viemos aqui no Rei Pelé e perdemos a final da Série C. Então, ressignificamos o Rei Pelé, ressignificamos os pênaltis e ressignificamos a Copa do Nordeste de 2024. Vai ficar marcado no nosso coração como uma conquista, como um título, não com o que aconteceu de ruim. Isso é a força mental do grupo e eu quero que isso fique marcado no coração de todos nós”, exaltou.
É O REI LEÃO DO PICI!
Por Sara Cordeiro
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Portal Mulheres em Campo.