COMO DIZEM OS JOVENS, O LEÃO NÃO TANKOU A ALTITUDE


Tropeçando nas nuvens, o Fortaleza foi atropelado pelo Nacional Potosí pela Copa Sul-Americana

Foto: Matheus Lotif

Sinceramente, eu não tenho a menor possibilidade de fazer qualquer análise técnica ou tática do que foi o Fortaleza jogando pela primeira vez na altitude. Tudo bem que a equipe se portou mal durante a taca que levou do Nacional Potosí na noite desta quarta-feira (8), mas até onde as questões geográficas atrapalharam ou disfarçaram o desempenho do Leão? Eu realmente não sei responder.

O Tricolor já começou seu desafio na saga logística para chegar na Bolívia. Saindo de São Paulo, o time pousou em Sucre para somente no dia do jogo subir para Potosí. Esse trabalho todo para ser trucidado pelo Nacional por 4×1, nos altos céus, pela 4ª rodada da fase de grupos. 

Acontece que nos primeiros 10 minutos os jogadores pareciam estar com 10 sacas de cimento em cada perna. Sabe quando o Goku vai treinar com baixa gravidade para enfrentar os saiyajins? Pois era desse jeito que os coitados estavam em campo. Se até os gigantes brasileiros tropeçaram na altitude, não ia ser eu que ia cobrar bom desempenho de um time que manda jogos quase no nível do mar. Mas até onde isso é desculpa?

A altitude fez com que a zaga se posicionasse de maneira errada? A altitude mexeu errado no time? A altitude chutou para fora quando estava na frente do gol? Até onde isso pode ser usado de desculpa? Nosso rival já jogou bem na Bolívia, venceu e goleou. Tudo bem que La Paz está mais de mil metros abaixo de Potosí, mas o que é 1km para quem já está quase no topo da Terra?

Irei abraçar meu ponto e evitar estresse com o mau resultado e a péssima atuação do Fortaleza. Seguimos líderes do grupo e com boas chances de classificação para a próxima fase. Faltam dois jogos para segurar as pontas e seguir para o mata-mata, mas que isso sirva de lição para um time que deseja marcar presença nas copas internacionais todos os anos, entender que o folclore da Libertadores e Sul-Americana está justamente nas dificuldades a serem ultrapassadas e não nas desculpas. 

Lembremos que bolivianos também descem ao litoral sem usar isso como demérito de algumas derrotas, o mesmo deve acontecer do lado de quem sobe aos Andes.

Por Sara Cordeiro

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Portal Mulheres em Campo.


Deixe um comentário

Veja Também:

Faça o login

Cadastre-se