Após empate em 1 a 1, a eliminação veio nas penalidades máximas
O ano não poderia começar de forma pior para o Internacional. A equipe mais uma vez está fora das finais do Campeonato Gaúcho, dessa vez sendo eliminada pelo Juventude, nos pênaltis, em pleno Beira-Rio. A partida aconteceu nesta segunda-feira (25).
Uma tragédia anunciada. Depois de embalar 10 vitórias seguidas, a semifinal chegou e o futebol do Internacional foi embora. O primeiro tempo parecia uma continuação da partida da semana passada em Caxias do Sul, com uma atuação displicente e as principais peças do time anuladas pela marcação do Juventude.
O Juventude poderia ter aberto o placar cedo, aos 16 minutos. Após um passe errado de Renê (sim, os problemas se repetem), a bola sobrou para Jean Carlos, que rapidamente passou para Edson Carioca. O atacante bateu na saída de Rochet e o zagueiro Vitão milagrosamente tirou a bola em cima da linha, evitando o gol do time da serra.
Aos 31 minutos, após cobrança de escanteio, Zé Marcos ganhou de toda a defesa do Inter pelo alto (outro problema latente que se repete) e abriu o placar do jogo, 1 a 0 Juventude.
Após o gol do time visitante, a atuação que já era ruim, passou a ser também nervosa e afobada. Como se já não bastasse o time em campo, antes do fim da primeira etapa, aos 48 minutos, um torcedor invadiu o gramado e teve de ser contido por seguranças.
EXPULSÃO DECISIVA
O segundo tempo não começou muito melhor do que o primeiro. Coudet fez mudanças na equipe, trazendo Enner Valencia para o lugar de Bruno Henrique.
Com o centroavante titular em campo, a parte ofensiva teve uma melhora. Aos 9 minutos, após uma jogada ensaiada numa cobrança de falta, Aránguiz cruzou na área e Renê (sim, ele mesmo) cabeceou e na falha do goleiro do Juventude a bola entrou. 1 a 1.
Após o empate, o Inter teve um poder de reação e passou a pressionar o Juventude de maneira frenética. Logo após o gol, aos 11 minutos, Mauricio recebeu uma bola “açucarada” de Valencia, e SOZINHO de frente pro goleiro, chutou para alto.
Esse gol nos faria muita falta e o Mauricio estava só começando a sua péssima noite. Aos 27 minutos, ele foi empurrado pelo jogador do Juventude, Nenê. Como forma de revide, ele chuta o adversário. O árbitro aplicou somente cartão amarelo, mas após revisar o lance no VAR, Mauricio foi expulso.
A eliminação começa neste lance. Toda a pressão e capacidade reação do time foram para o vestiário junto com Mauricio. A partida terminou empatada em 1 a 1.
PÊNALTIS
Então vieram as penalidades máximas. Alan Patrick e Renê começaram acertando. O Juventude também marcou com Gilberto, mas na segunda chance, o goleiro Rochet defendeu a cobrança de Alan Ruschel. Logo após, o Inter teve a chance de estar com a vantagem, porém, o zagueiro Mercado também desperdiçou, batendo alto e na trave.
Após, Wanderson, Valencia e Bruno Gomes converteram para o Inter; Rildo, Jadson, Nenê e Kleiton marcaram para o Juventude.
Já nas alternadas, Robert Renan nos presenteou com um lance bizarro. Sim, em uma decisão de pênaltis eliminatória, valendo uma classificação, ele decidiu dar uma cavadinha, obviamente entregando a bola nas mãos do goleiro do Juventude. Na sequência, Kelvi marcou e classificou a equipe de Caxias.
HÁ TODO UM ANO PELA FRENTE
A expectativa para 2024 era (e ainda é) alta. O Campeonato Gaúcho é sempre obrigação, mas neste ano, especialmente, era mais do que isso. Significava o início da volta da nossa dignidade, além de travar a sequência do rival. Uma eliminação como essa, sabendo que o time teria todas as condições de vencer os dois jogos, é inaceitável.
Porém, não há tempo para lamentar. Na próxima semana já se inicia um novo campeonato, dos outros 3 que ainda temos a disputar no ano. O momento é de aceitar as cornetas, refletir e corrigir os erros. Vamos levantar a cabeça e seguir em frente.
Por Mariana Nunes
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo
