Corinthians vence confronto direto contra o Vasco, de virada, e alivia luta contra o rebaixamento
É como dizia Galvão Bueno: hajaaaa coração. E para ser corinthiano, não basta apenas ter coração, é necessário saber sofrer, rezar e claro, nunca abandonar o time, seja qual for a situação. Com o mantra “pelo Corinthians, com muito amor, até o fim”, a Fiel viveu uma noite de lavar a alma, na noite chuvosa desta terça-feira (28). Na raça de Romero e na força do Terrão, o Corinthians foi buscar a virada diante do Vasco, e saiu de campo triunfando por 4 a 2.
Antes de mais nada é importante destacar que o placar da partida em nada resume o que foi o jogo. O Vasco dominou o Corinthians na primeira etapa, esteve à frente por duas vezes, mas para a nossa alegria, não matou a partida. Aí é aquilo: quem não faz, toma.
O Corinthians entrou pressionado. A sonora derrota para o Bahia, dentro de casa, por 5 a 1, pesou. Os ânimos exaltados, nervos a flor da pele… além disso o adversário estava invicto, e na mesma luta que nós: contra o rebaixamento. Certeza que sentiram a pressão e assim, o Vasco abriu o placar com Puma Rodríguez.
O desespero bateu…
O fantasma da série b se materializou. Chamei Deus “pras ideia”. Oi pai, sou eu de novo…
Desespero, tensão, esmalte arrancado. Socorro Deus, não nos abandone. Eis que Giuliano e Romero tabelam, e o paraguaio corre para o abraço. Gol. Romero? Nunca critiquei!
O Corinthians melhorou no jogo, mas as principais ações seguiam sendo do Vasco. Com a defesa toda cagada, o Corinthians levou o segundo gol, quando Vegetti, de voleio, antecipou Lucas Veríssimo, 2 a 1.
O nervosismo voltou ainda pior. Conferi a tabela, os confrontos, fiz as contas e só pensava: tamo ferrado. Para piorar, a equipe errava coisas básicas, enlouquecendo Mano Menezes. Mas quando a situação é toda contrária, o Corinthians é gigante.
Na parte final do primeiro tempo, Fagner bateu escanteio e Lucas Veríssimo escorou para Romero marcar o segundo gol. 2 a 2.
No segundo tempo, a postura defensiva do Corinthians mudou. Fábio Santos parecia ter ressuscitado. Ainda assim, o Vasco seguia tendo as melhores oportunidades. Mas, como quem não faz leva, veio a virada. Como de pé em pé a defesa vascaína era melhor, Moscardo arriscou de fora da área e marcou o terceiro gol do Coringão.
As chances para ampliar eram poucas, e a bola não entrava. Pensando em segurar o resultado, Mano Menezes trancou o time, recuou bonito. Restava apostar na velocidade. E foi justamente a velocidade de um cria do Terrão que colocou fim a angústia da Fiel. Em lance de Matheus Araújo, Giovane marcou o 4° gol do alvinegro. Ufa!
Foi um jogo emocionante, daqueles que nunca será esquecido. Foi um desespero, mas prevaleceu a fé e o Corinthianismo. Segue o tabu e a freguesia vascaína: vencemos um confronto direto, daquele de “cada um com seus problemas”.
Verdade seja dita: não passava nem wi-fi.
Agora restam duas decisões, uma contra o Internacional e outra contra o Coritiba. Vencer os sulistas em casa é obrigação, principalmente, porque uma vitória colocará fim ao sofrimento da Fiel.
Por Mariana Alves
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo