Coritiba é derrotado em casa pelo Bahia por 4×2 e vê a luta pela permanência ficar cada vez mais distante
Mais um vexame para a conta. Acredito que nem os mais pessimistas imaginariam o que aconteceria na noite desta quinta-feira (14), no Alto da Glória. O Coritiba foi massacrado, humilhado e todos os adjetivos possíveis relacionados a uma tragédia anunciada. O resultado: 2×4 para o Bahia.
Quase 23 mil torcedores encararam o frio para ver o time entrar em campo, após 18 dias de pausa. Muitos acreditavam em um início de reação, afinal, era a estreia dos atletas que chegaram para serem os possíveis “salvadores da pátria”. Mas a verdade é uma só: não adianta ter UM ou DOIS jogadores bons no meio de um bando de incompetentes.
O JOGO
Thiago Kosloski escalou o time sem o camisa 10, Marcelino Moreno, o que deixou o torcedor desconfiado. O treinador montou os 11 iniciais da seguinte forma: Luan Polli, Hayner, Kuscevic, Thiago Dombroski, Jamerson, Andreas Samaris, Bruno Gomes, Sebastián Gómez, Kaio, Robson e Slimani.
Era um duelo de estreias: de um lado, o argelino Slimani e o grego Andreas Samaris. Do outro, Rogério Ceni iniciava sua trajetória no comando do tricolor baiano. Logo no início da partida, quem se deu bem foi o Coxa: no primeiro minuto, Sebas Gómez recebeu a bola e mandou para o gol, sem chances para Marcos Felipe. 1×0 Verdão, e o primeiro gol do colombiano com a camisa alviverde.
O time parecia outro e parecia que a história seria outra. Seria, enfim, a vitória da arrancada? Não foi. Cinco minutos depois do gol alviverde, o Bahia cresceu e, nos erros de marcação do Coritiba, logo empatou o duelo.
Aos nove minutos, Everaldo perdeu a chance do empate após saída bizarra de Luan Polli (apenas a primeira de muitas no confronto). Aos 10’, não teve jeito: após Raul Gustavo mandar na trave, a bola sobrou livre para Ratão empatar.
Com o empate sofrido, o Coxa voltou a se arriscar no ataque, em vão, pois quem chegou novamente ao gol foi o Tricolor, e NOVAMENTE com falha de Polli. Aos 29’, o goleiro soltou a bola nos pés de Thaciano, que não desperdiçou. 1×2 Bahia.
O que já estava ruim, ia piorar. Mais um rebote de Luan Polli, mais um gol do Bahia, desta vez de Ademir. Parecia replay, mas não era. O que esse goleiro fez na partida fez o torcedor sentir saudades até de Alex Muralha. 1×3 Bahia, isso APENAS no primeiro tempo.
Kosloski resolveu mexer ainda na primeira etapa, para tentar alguma reação, e sacou o volante estreante Andreas Samaris para colocar o meia Marcelino Moreno. O time melhorou com as investidas de Moreno para Slimani, mas o gol não saiu.
Para a segunda etapa, Kosloski sacou Kaio César para a entrada de Fransérgio – atacante por volante (?). Mesmo com o Bahia tranquilo na partida, o Coritiba não conseguia chegar com muito perigo. A torcida simplesmente parou de cantar, assistia o show de horrores em silêncio, e só se manifestava com gritos de Olé quando o Bahia tocava a bola. Vergonhoso. Frustrante.
Para fechar o caixão, aos 28’ o Bahia ampliou com Biel. E adivinhem? Novamente falha de Luan Polli, que errou ao tentar cortar a bola. A torcida alviverde, sem nenhum esboço de reação – porque nem para xingar tinha mais forças – aplaudiu o “arqueiro” após o quarto gol tricolor.
O Coritiba chegou a descontar aos 48’ com Andrey, que entrou no segundo tempo, após receber assistência de Slimani. Fim de papo, Coritiba 2×4 Bahia. Méritos para o time de Ceni, que conseguiu aproveitar todas as falhas de marcação e do pseudo goleiro chamado Luan Polli. O que aconteceu na noite desta quinta-feira no estádio Couto Pereira foi de uma bizarrice sem tamanho.
O volante Andrey, o único a dar a cara a tapa no fim da partida, declarou:
“Acho que é difícil falar nesse momento. Momento delicado. A gente tem que levantar a cabeça. Ainda faltam 16 rodadas. Temos que lutar até o fim. Não podemos nos entregar. Momento delicado. Hoje era uma partida importante, confronto direto. Venho pedir desculpas para a torcida. Hoje o sentimento é de vergonha, de não poder levantar a cabeça para falar com as pessoas, porque sei que não está bom. Temos que ser homens e honrar essa camisa até o fim”, disse.
Faltam palavras para descrever o que aconteceu. Inacreditável um time ter um psicológico tão fraco, inacreditável um goleiro falhar QUATRO vezes em um único jogo. A verdade é que o Coritiba assinou o atestado de rebaixamento nesta partida, mesmo faltando 16 rodadas para o fim da competição.
O Coritiba virou uma piada! Sem mais!
Por Viviane Mendes, coxa-doida de coração.
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